Para Geninho, acerto de contas do elenco será a salvação do Atlético

O técnico Geninho completa nesta quinta-feira (13) dois meses à frente do Atlético-PR. Neste período o treinador, amado pela torcida pela conquista do Brasileiro 2001, tenta manter o clube na elite do futebol brasileiro. Problemas no comando do futebol, departamento médico lotado e diferenças pessoais dentro elenco atleticano, por pouco não anteciparam um desfecho trágico para o Furacão no Brasileiro 2008.

"Quando cheguei, era um time que estava abatido, de cabeça baixa com relação às cobranças e que não estava demonstrando forças para reagir. Se isso não mudasse, a gente estaria em situação pior que o Ipatinga (o último colocado do campeonato)", disse em entrevista coletiva nesta terça-feira (11).

De acordo com o treinador, o principal problema rubro-negro eram as desavenças entre os jogadores. Foi o caso da aberta troca de farpas entre o atacante Rafael Moura e o meio-campista Ferreira. O atacante criticou publicamente a postura do colombiano em campo.

"Os jogadores conversaram, se aceitaram como pessoas, como profissionais e entenderam um o defeito do outro. Cada um convivendo com o defeito do outro. O grupo entendeu que a partir do momento que você trabalha em grupo, a pessoa depende do rendimento do outro. Os jogadores fizeram uma reunião e se acertaram", garantiu Geninho.

O treinador atleticano acredita que "os ventos estão mudando a favor do Atlético". Tanto que, após 10 jogos no comando do time, ele finalmente poderá repetir a mesma formação em duas partidas seguidas.

"Os jogadores que estavam no departamento médico estão chegando. E isso de certa forma é uma grande notícia para o momento que nós estamos vivendo", comemora, lembrando que a cada partida, em média, o elenco sofria uma redução de quatro a cinco jogadores por causa de lesões e suspensões.

Embora a última rodada tenha dado fôlego ao Atlético, após o triunfo diante do Figueirense, Geninho teme que toda a boa fase termine com um tropeço diante do Vitória na Arena. Para evitar o pior, ele avisa: "Não podemos parar de ter esse comportamento, porque não está nada definido. Nós teremos quatro jogos decisivos e a seriedade deve ser cada vez maior. O importante é a vitória, não queremos dar espetáculo. Queremos pôr os três pontos no bolso. Não é hora de cobrar se vai jogar bem ou não."