Coritiba 0 X Avaí 1
Quando o alto-falante anunciou o time do Coritiba que perderia para o Avaí na noite de ontem (por 1 a 0), o torcedor ficou desconfiado. Poucos aplausos para os habituais entre os 11 titulares, como Démerson e Lucas Mendes; vibração discreta para quem ainda tem de provar algo, como Triguinho e Andrade. Empolgação mesmo, só quando o nome de Ariel Nahuelpan surgiu no placar eletrônico. O foguetório na entrada do time em campo serviu para dar uma energia extra no começo do jogo que selaria a eliminação do clube da Copa do Brasil, dentro de casa.
"É inconcebível um 0 a 0. Temos de jogar para ganhar", preconizava o técnico Ney Franco, desprezando a vantagem do empate sem gols. E uma avalanche verde partiu para cima dos catarinenses. Os baixinhos do Coxa, Rafinha, Renatinho e Marcos Aurélio, estavam elétricos. Dribles embaixo das pernas, arremates perigosos. Um Coritiba que espremia o Avaí, até então assustado. E quando os visitantes tentavam equilibrar as ações, os donos da casa tratavam de voltar a atacar. O problema era a pontaria.
O portunhol do argentino Ariel, que assistiu ao colega Marcos Aurélio perder um gol no último lance do primeiro tempo, não deixava dúvidas. "Temos 45 minutos para fazer o resultado, temos que ganar", continuou, pedindo mais empenho. Mesmo com a vaga nas mãos, o Coxa seguia em busca da vitória. Mas o lema, cantado pela torcida verde, serviu para os azuis. Com Leonardo (ex-Paraná) no ataque, o Avaí voltou para o tudo ou nada no segundo tempo.
E conseguiu o que queria. Aos 23, após boa jogada de Uendel pela esquerda, a bola sobrou para Caio. O ex-coxa-branca não perdoou e levou o Couto Pereira ao desespero: 1 a 0 Avaí. Ney Franco então abriu os olhos. Sacou Andrade e Fabinho Capixaba para botar o time mais à frente, com Tiago Real e Rodrigo Heffner.
Com o talismã Ariel já em campo, Ney Franco resolveu tentar o truque dos dois ultimos jogos com Bill. Quase deu. O atacante sofreu pênalti aos 46 minutos. Durante os treinos, o aproveitamento do Coritiba nas penalidades foi ruim. Cabia a Marcos Aurélio fazer o gol, contradizer o desempenho recente, e levar a decisão para as cobranças alternadas de pênalti em Florianópolis, o jogo havia terminado 1 a 1. Com direito a paradinha, o baixinho acertou a trave. Teve de ouvir os gritos de "vergonha" da torcida e o puxão de orelha de Bill. "A gente fica triste, né. Ele tem que bater do jeito que ele bate no treino, foi mudar o jeito...". Festa do Avaí.
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Veja a ficha técnica do jogo Coritiba 0 X 1 Avaí:
Em Curitiba
Coritiba
Edson Bastos; Fabinho Capixaba (Rodrigo Heffner), Demerson, Lucas Mendes e Triguinho (Bill); Andrade (Tiago Real), Leandro Donizete, Rafinha e Renatinho; Marcos Aurélio e Ariel.
Técnico: Ney Franco
Avaí
Zé Carlos, Emerson Nunes (Leonardo), Rafael e Emerson; Patric, Rudnei (Marcinho Guerreiro), Caio, Batista e Uendel; Sávio (Gabriel) e Vandinho.
Técnico: Péricles Chamusca.
Estádio: Couto Pereira. Gol: Caio (A), aos 23/2.º. Árbitro: Sandro Meira Ricci (DF). Amarelos: Rudnei, Emerson, Zé Carlos, Marcinho Guerreiro (A); Rafinha e Ariel (C). Público pagante: 7.530 (8.748 total). Renda: R$ 110.675.
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