O atacante coxa-branca Marcos Aurélio desperdiçou a chance de empatar o duelo com o Avaí ao mandar a bola na trave em cobrança de penalidade| Foto: Pedro Serápio/ Gazeta do Povo

Coritiba 0 X Avaí 1

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Quando o alto-falante anunciou o time do Coritiba que perderia para o Avaí na noite de ontem (por 1 a 0), o torcedor ficou desconfiado. Poucos aplausos para os habituais entre os 11 titulares, como Démerson e Lucas Mendes; vibração discreta para quem ainda tem de provar algo, como Triguinho e Andrade. Em­­pol­­gação mesmo, só quando o nome de Ariel Nahuelpan surgiu no placar eletrônico. O foguetório na entrada do time em campo serviu para dar uma energia extra no começo do jogo que selaria a eliminação do clube da Copa do Brasil, dentro de casa.

"É inconcebível um 0 a 0. Temos de jogar para ganhar", preconizava o técnico Ney Fran­­co, desprezando a vantagem do empate sem gols. E uma avalanche verde partiu para cima dos catarinenses. Os baixinhos do Coxa, Rafinha, Renatinho e Mar­­cos Aurélio, estavam elétricos. Dribles embaixo das pernas, arremates perigosos. Um Cori­­tiba que espremia o Avaí, até en­­tão assustado. E quando os visitantes tentavam equilibrar as ações, os donos da casa tratavam de voltar a atacar. O problema era a pontaria.

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O portunhol do argentino Ariel, que assistiu ao colega Marcos Aurélio perder um gol no último lance do primeiro tempo, não deixava dúvidas. "Temos 45 minutos para fazer o resultado, temos que ‘ganar’", continuou, pedindo mais empenho. Mesmo com a vaga nas mãos, o Coxa seguia em busca da vitória. Mas o lema, cantado pela torcida verde, serviu para os azuis. Com Leonardo (ex-Paraná) no ataque, o Avaí voltou para o tudo ou nada no segundo tempo.

E conseguiu o que queria. Aos 23, após boa jogada de Uendel pela esquerda, a bola sobrou para Caio. O ex-coxa-branca não perdoou e levou o Couto Pereira ao desespero: 1 a 0 Avaí. Ney Franco então abriu os olhos. Sacou Andrade e Fabinho Capixaba para botar o time mais à frente, com Tiago Real e Rodrigo Heffner.

Com o talismã Ariel já em cam­­po, Ney Franco resolveu tentar o truque dos dois ultimos jogos com Bill. Quase deu. O atacante sofreu pênalti aos 46 minutos. Durante os treinos, o aproveitamento do Coritiba nas penalidades foi ruim. Cabia a Marcos Aurélio fazer o gol, contradizer o desempenho recente, e levar a decisão para as cobranças alternadas de pênalti – em Flo­­rianópolis, o jogo havia terminado 1 a 1. Com direito a paradinha, o baixinho acertou a trave. Teve de ouvir os gritos de "vergonha" da torcida e o puxão de orelha de Bill. "A gente fica triste, né. Ele tem que bater do jeito que ele bate no treino, foi mudar o jeito...". Festa do Avaí.

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Veja a ficha técnica do jogo Coritiba 0 X 1 Avaí:

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Em Curitiba

Coritiba

Edson Bastos; Fabinho Capixaba (Rodrigo Heffner), Demerson, Lucas Mendes e Triguinho (Bill); Andrade (Tiago Real), Leandro Donizete, Rafinha e Renatinho; Marcos Aurélio e Ariel.

Técnico: Ney Franco

Avaí

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Zé Carlos, Emerson Nunes (Leonardo), Rafael e Emerson; Patric, Rudnei (Marcinho Guerreiro), Caio, Batista e Uendel; Sávio (Gabriel) e Vandinho.

Técnico: Péricles Chamusca.

Estádio: Couto Pereira. Gol: Caio (A), aos 23/2.º. Árbitro: Sandro Meira Ricci (DF). Amarelos: Rudnei, Emerson, Zé Carlos, Marcinho Guerreiro (A); Rafinha e Ariel (C). Público pagante: 7.530 (8.748 total). Renda: R$ 110.675.