A festa tricolor na chegada do Paraná neste domingo (19) foi do tamanho da espera de 10 anos do clube para voltar à elite do futebol brasileiro.
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“A torcida tem que comemorar muito mesmo. Aproveitem porque vocês merecem. Esse clube está no meu coração”, declarou o zagueiro Eduardo Brock.
“Teve gente que falou que o Paraná ia acabar. Mas agora estamos na Série A. E muita gente vai ter que engolir”, desabafou o presidente Leonardo Oliveira.
A delegação saiu de Alagoas às 7h, mas os jogadores chegaram animados antes do embarque, embalados pelos cânticos “é Tricolor” e “Série B nunca mais”. Já em Curitiba, uma multidão cercou o carro aberto paranista. Não há estimativa oficial de quantas pessoas participaram da recepção ao Paraná, já que a Polícia Militar não fez a contagem.
O trânsito na região do aeroporto ficou caótico e o grupo demorou duas horas para um deslocamento de 14,7 km até a Vila Capanema. Torcedores de carro relataram que fizeram o caminho em quase 1h30.
O comboio chegou às 15h10 ao Durival Britto, onde muitos torcedores aguardavam no local.
A saga paranista em busca do acesso foi desgastante. O clube ficou uma semana no Nordeste e realizou toda a preparação sem voltar para Curitiba. Além dos jogos com Santa Cruz e CRB, os jogadores viveram um dia atípico na viagem de ônibus de Recife para Maceió que atrasou por conta de protestos na BR-101 e durou oito horas.
O time obteve uma das vagas da Série B para a elite do Brasileirão, no sábado, em Maceió, ao vencer o CRB (0 x 1) . América-MG, Inter, Ceará completam o quarteto do acesso.
Depois do acesso, alguns atletas saíram para comemorar ainda na capital alagoana e seguiram direto para o aeroporto pela manhã. Outros preferiram descansar e guardar o gás para a chegada em Curitiba.
Mas nada derrubou os atletas tricolores. Depois da escala em São Paulo, a chegada à capital paranaense foi emocionante. Nenhum jogador ficou de fora. Na chegada, atletas, como o meia Guilherme Biteco e membros da comissão técnica que não viajaram, se juntaram à delegação.
Biteco, que se machucou gravemente no primeiro turno, fez uma bela homenagem ao irmão Matheus, morto no trágico acidente com o voo da Chape, episódio que fará um ano nesta semana. O paranista vestiu a camisa do time catarinense para celebrar a volta tricolor à Primeira Divisão.
“A festa não tem hora para acabar. Foi muito sofrido esse ano para chegar até aqui. Agora temos que comemorar com a nossa torcida. Eles são demais”, disse o goleiro Richard.
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Durante toda a manhã a recepção festiva já podia ser sentida na região próxima ao aeroporto de São José dos Pinhais. Pelo número excessivo de torcedores e por questão de segurança, decidiu-se que os jogadores não passariam pelo saguão, entrando em carro aberto na pista de pouso e partindo para a Vila Capanema.
Muitos paranistas foram procurando espaço à beira das ruas próximas ao Afonso Pena para saudar o time. A chegada em Curitiba foi pouco antes das 13h30. Após o trajeto até o Durival Brito, uma festa no estádio está programada com a presença dos jogadores e comissão técnica. Carrinhos de chope foram espalhados pela praça esportiva.
Festa na Vila
A torcida começou a chegar na Vila de maneira timida por volta das 13h, pois muitos preferiram ficar no percusso entre São José dos Pinhais e o Capanema.
Conforme o público ia chegando, jogadores e fãs se misturavam no corredor atrás das sociais da Vila Capanema. A confraternização contou com muitas famílias e ficou marcada pela simpatia dos atletas.
Com o ex-presidente Casinha no microfone e hino em som alto, a torcida saudou atleta por atleta, lembrando o serviço pré-jogo do estádio para anunciar o time. O primeiro a subir foi o capitão Eduardo Brock, levanto o torcedor à loucura.
O técnico Matheus Costa, Leandro Vilela, João Pedro, Richard, Robson, Renatinho, Vinicius Kiss, Maidana e Alemão também testaram com sucesso a popularidade, todos com músicas próprias na recepção. Entre os coadjuvantes, Biteco foi o mais ovacionado.
Mas poucos receberam tanta festa quanto o goleiro reserva Marcos, 41 anos, prata da casa. O setor social explodiu e o jogador se emocionou.
Os heróis paranistas subiram o túnel de acesso ao gramado acompanhado de familiares, esposas, amigos e namoradas.
Todo o setor da social ficou repleta de paranistas, com muita gente ficando de fora. Não houve uma estimativa oficial de público, mas entre duas ou três mil pessoas estiveram no estádio.
A festa foi encerrada com foguetório e o hino do Paraná cantado entre torcedores, jogadores, estafe e membros da comissão técnica. A canção símbolo do acesso, música da Fúria, “Sentimento que nunca acabará”, também inflamou os presentes.
Durante o evento a torcida também prestou uma homenagem ao ex-jogador e técnico Caio Júnior, outra das vítimas da tragédia da Chapecoense. Ele foi técnico do clube na classificação à Libertadores e pentacampeão estadual.
Festa na Vila Capanema
Recepção no aeroporto
Paixão de pai para filho
Colaboração: Moreno Valério
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