LANCE A LANCE: Saiba como foi construído o medonho empate do Paraná com o Iraty
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O calvário do Paraná Clube parece não ter fim. Depois de amargar derrotas nos dois clássicos contra Coritiba e Atlético Paranaense, ser eliminado da disputa pelo título estadual e também cair na Copa do Brasil, o Tricolor protagonizou mais um vexame nesta temporada. Na tarde deste sábado, menos de 1 mil pessoas testemunharam o Iraty abrir 3 a 0, mas os paranistas conseguiram o empate já nos acréscimos em 3 a 3.
A postura inicial dos donos da casa murchou rápido, com uma ótima jogada entre Gilson e Márcio Goiano, decretando a abertura no marcador. O já desorganizado Paraná não se encontrou de vez e o Iraty aumentou ainda no primeiro tempo. A apresentação ridícula gerou muitas ofensas e revolta por parte do torcedor tricolor, já calejado pelos constantes fiascos nos últimos dois anos.
Na etapa final esperava-se uma reação, mas a entrada do "persona non grata" Kléber pouco ajudou e o Azulão chegou ao terceiro, mais uma vez sem dificuldades. Onze contra 11 o jogo era todo dos visitantes, mas a expulsão infantil de Diego Zanuto deu vantagem numérica ao Paraná, e a equipe se aproveitou. Com Bruninho e Peterson entrando o Tricolor melhorou e conseguiu diminuir, com cabeçada de Peterson.
Uma penalidade máxima aos 40 do segundo tempo deu a chance de Lenílson deixar o seu e fazer o segundo, porém o Iraty poderia ter aumentado em três descidas ao ataque, mas o goleiro Rodolfo e a trave impediram o quarto. Nos acréscimos Peterson salvou o Paraná da derrota, mais uma vez de cabeça.
O heróico empate não diminuiu a ira do torcedor e a despedida do Tricolor acontece no próximo fim de semana, contra o J. Malucelli, no Eco-estádio Janguito Malucelli. Já o Iraty recebe o Paranavaí no Emílio Gomes.
Novo jogo, velhos erros e constante vexame
Um estádio vazio até poderia ajudar o Paraná contra o Iraty. Com menos pressão, esperava-se que o time pudesse desempenhar um futebol diferente das últimas jornadas. Os primeiros instantes de bola rolando davam esta impressão, mas apenas superficialmente. Copeiro, o Azulão procurou controlar a marcação no começo da partida, e quando se soltou, construiu um placar favorável sem dificuldades.
Os poucos que testemunharam o jogo na Vila Capanema podem até dizer que a história poderia ter sido diferente, pelo menos se o jovem Maicon tivesse marcado um gol feito, logo aos três minutos, porém além desta o Tricolor só deve mais duas chances mais claras de marcar. A equipe de Wagner Velloso parecia sonolenta, sem movimentação, com o mesmo costume de inoperância na frente e marcação frouxa na defesa. Mesmo com três zagueiros.
O rápido ataque do Iraty, formado por Gilson (aquele mesmo que veio, jogou e não deixou saudades no Paraná em 2008), Marquinhos e Douglas conseguiu envolver a defensiva tricolor em algumas descidas. Entretanto, o pior veio quando Gilson encontrou Márcio Goiano, entrando por dentro e surpreendendo João Paulo, e o lateral mostrou categoria para chutar e abrir o placar. Eram 25 minutos jogados, e o camisa 3 paranista foi ainda mais vaiado do que já vinha sendo.
O gol desestabilizou o já instável Paraná, que de forma irracional insistia em cruzamentos na área, sendo que a dupla de ataque era formada pelos "baixinhos" Wando e Maicon. Sem ter de se preocupar em marcar, o Iraty ainda se soltou mais para atacar e chegou fácil ao segundo gol. Aos 42, João Paulo (o do Azulão) recebeu cruzamento na área e bateu cruzado. De carrinho, Marquinhos tocou para o gol vazio.
Vendo mais um fiasco em andamento, a torcida pediu até para a Gralha Azul, o mascote do time, entrar em campo no lugar de Lenílson. O vexame poderia ficar ainda pior, e os jogadores do Iraty sabiam disso. "Vamos trabalhar agora pela goleada", disse João Paulo na saída do gramado.
Organizada vai embora, expulsão e alterações ajudam e Tricolor empata
No intervalo, torcedores da organizada Fúria Independente enrolaram as suas bandeiras e deixaram o estádio, revoltados com o que viram nos 45 minutos iniciais. Boa parte deles não viu a entrada de Kléber, outro desafeto da torcida, no lugar de Araújo. A alteração não mudou nada dentro de campo e o Iraty logo criou oportunidades, marcando o terceiro aos oito. Douglas deixou Jonathas no chão e anotou.
A goleada instalada fez Velloso colocar Bruninho e Peterson na partida, o Tricolor mudou, mas a história da partida mudou mesmo com a expulsão de Diego Zanuto, aos 14. O volante fez falta, e ainda atirou a bola em cima de Bruninho. O árbitro Cláudio Luiz Pacheco não teve dúvidas e deu cartão vermelho ao jogador. Na lateral do gramado, o técnico Enéas Carmago foi à loucura, disse que o jogador "estava louco" e o Azulão se retraiu de vez.
O Paraná passou a pressionar e fez o primeiro com Peterson, de cabeça, depois de boa jogada de Wando. O Iraty jogava apenas nos contra-ataques e poderia ter feito o quarto em três lances capitais, dois defendidos por Rodolfo e outro que terminou na trave. Do outro lado Walter também fez o seu milagre, em cabeçada à queima roupa de João Paulo, porém o segundo do Tricolor acabou saindo. De pênalti, aos 41, Lenílson anotou.
Nos minutos finais os paranistas foram inteiramente para cima do Iraty, e nos inúmeros cruzamentos na área, um deles foi aproveitado por Peterson, aos 46 minutos, e impediu a derrota dos donos da casa. O empate, considerado "heróico" por alguns jogadores, não foi suficiente para minimizar a péssima jornada e o descontentamento da torcida. Reformulação e coração em dia serão necessários para os próximos desafios do ano, agora na Série B do Brasileirão.
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