Wagner Velloso: “Temos que mudar muita coisa no Paraná”

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A derrota de 3 a 0 vista até o início do segundo tempo parecia que determinaria a saída do técnico Wagner Velloso. Mas o Paraná Clube reagiu e conseguiu o empate por 3 a 3 com o Iraty na tarde deste sábado, na Vila Capanema. Treinador aliviado? Que nada. Velloso mostrou-se bastante irritado após o jogo e afirmou que muita coisa terá de mudar no Tricolor para a sequência da temporada, já visualizando a Série B do Brasileirão.

"Não podemos ficar satisfeitos com a oscilação da equipe. No primeiro tempo fizemos uma partida muito ruim, abaixo da crítica, não podemos atuar daquela maneira. Uma equipe do Paraná, que tem pretensões, que chegou à fase final do Paranaense, não pode jogar como jogou. Sabemos que muita coisa tem que ser feita para que entremos competitivos na próxima competição. Será bem mais duro do que o Estadual. Temos que mudar muita coisa", disse Velloso.

O comandante paranista procurou minimizar os pedidos da torcida pela sua saída, deixando esta e outras definições nas mãos da diretoria. O presidente Aurival Correia e o vice de futebol Márcio Villela garantiram a sua permanência para a Série B antes do jogo, e com esta "segurança" Wagner Velloso só fala em trabalhar cada vez mais.

"Temos que crescer como grupo. Quem mede o meu desempenho e dos jogadores é a direção. Estou fazendo o possível com o que tenho em mãos. Mas estamos passando por uma instabilidade emocional muito grande, a equipe foi desclassificada do Paranaense, foi eliminada da Copa do Brasil, então temos de buscar algumas mudanças e trabalhar. Hoje sentimos falta de reação, fomos buscar após a conversa do intervalo, quando já estávamos sendo chacota junto à imprensa e ao torcedor. O mínimo era buscar o empate", avaliou.

O técnico do Paraná espera poder usar o último jogo no Estadual, contra o J. Malucelli, como um "laboratório" para a Segunda Divisão nacional. Na visão de Velloso, todo o cuidado é pouco quando se pede a presença do maior número possível de garotos na equipe titular. Tudo precisa ser feito com calma, garante ele.

"Temos que tomar cuidado com os garotos. Sentimos hoje a qualidade do Vinícius, mas se você lança um jogador jovem, sem bagagem, em um jogo de pressão, você pode criar um problema maior e perder um atleta como esse. Talvez no próximo jogo nós possamos usar como preparação para a Série B. Além deles nós precisamos contar com os atletas que estão chegando. Na próxima semana deverão chegar outros, vamos trabalhar e tentar diminuir esta oscilação Para que possamos subir é preciso ter um time mais competitivo", finalizou.