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Chegar a uma final de Campeonato Paranaense após quatro anos de instabilidade é a missão do Paraná Clube, às 20h30 desta quarta-feira, contra o Rio Branco no Estádio Pinheirão. Com o time mais regular dos últimos tempos, o Tricolor recebe o "Leão da Estradinha" que também busca a vitória e o título, uma conquista inédita em sua história.

A vaga na final seria a coroação de um trabalho sereno e profissional feito pelo técnico Luiz Carlos Barbieri. Muitas vezes alvo de críticas incisivas vindas das arquibancadas, o comandante Tricolor recebeu o respaldo da diretoria e manteve o discurso firme e sincero. Sabedor das deficiências técnicas do próprio elenco, ele esperou o time encontrar a forma física ideal para começar a apresentar os resultados para o torcedor.

"Todas as situações, adversas ou positivas, fazem com que você cresça como profissional e como ser humano também. Você nunca me viu desanimado nos momentos ruins e críticos, nem empolgado em momentos como estes que vivemos agora", disse ao repórter Willians Lima, da Rádio Banda B.

A confiança dada ao elenco foi apontada como uma das responsáveis pela boa fase do time. "Não se pode ter uma conduta durante o dia-a-dia, e mudar tudo a cada crítica que se recebe. Eu tenho uma filosofia de trabalho e tenho confiança no trabalho e no grupo de jogadores. Agora, estamos apenas colhendo os frutos disso tudo", explicou.

Para o jogo desta quarta, Barbieri não vai poder contar com o zagueiro Gustavo. O jogador recebeu o terceiro cartão amarelo e desfalca o time abrindo espaço para o jovem João Paulo. "Nós temos jogadores mais experientes, que cadenciam a jogada, e também os jovens, com suas vitalidades e potenciais. Esse equilíbrio, a humildade e os pés no chão são os responsáveis pelo nosso sucesso".

O time do Paraná está praticamente definido. O volante Beto foi julgado durante a noite desta terça-feira pelo Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) e acabou absolvido. O capitão paranista já havia cumprido dois jogos de suspensão e seu bom comportamento lhe garantiu a participação no jogo desta quarta. Com Beto, Barbieri escala o time com o que tem de melhor.

O Tricolor não conquista um título do Campeonato Paranaense há oito anos.

Rio Branco

O torcedor do Rio Branco sempre foi um dos méis fiéis do estado. Em jogos realizados no Estádio Nelson Mendrado Dias, a Estradinha, o "Leão" dificilmente é vencido e neste ano, isso só aconteceu contra o próprio Paraná no último final de semana.

Para "vingar" esse resultado, os comandados do técnico Itamar Bernardes sobem a serra na companhia dos torcedores para tentar conseguir uma vaga na grande final. Para isso, o Rio Branco precisa vencer o Tricolor por dois gols de diferença. Caso esta diferença seja de apenas um gol, a decisão será nos pênaltis. Se houver empate, a vaga fica com o Paraná.

No time principal, Itamar Bernardes conta com o retorno do lateral esquerdo Cleumir e do zagueiro Amaral, já que ambos foram liberados pelo Departamento Médico. Em compensação, Márcio foi expulso e é desfalque certo. Na frente, três jogadores – Neizinho, Clênio e Negreiros – disputam duas vagas.

Paraná Clube x Rio Branco, às 20h30 – 29/03/2006

Local: Estádio Pinheirão, em CuritibaÁrbitro: Heber Roberto LopesAuxiliares: Rubens Berton e Sirlei Piva

Paraná – Flávio, Neguette, João Paulo e Emersom; Goiano, Beto, Muçamba, Marcelinho, Maicossuel e Edinho; Leonardo. Técnico: Barbieri.

Rio Branco – Vilson, Baiano, Rodrigo, Amaral e Cleumir; Gian, Dudu, Fábio Garcia e Ratinho; Neizinho e Clênio (Negreiros). Técnico: Itamar Bernardes.

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