Repercussão
"O rendimento foi bem abaixo do que vínhamos apresentando. Temos um time rápido e com certeza não é isso apresentamos". Sobre a altitude, Zetti explicou. "Utilizamos oxigênio nos vestiários, antes do jogo e no intervalo. Mas é difícil. O jogador não está acostumado e sente muita dificuldade. Não é o Paraná, mas qualquer equipe vai sentir".
Zetti repercute derrota do Paraná para o Potosí______________________________
"Está tudo nas nossas mãos. Dependemos da nossa capacidade e vamos jogar com o Maracaibo e, com o apoio da nossa torcida, vamos nos classificar. Nossa torcida sempre nos auxiliou em momentos difíceis. Com certeza ela irá ao jogo nos prestigiar. Temos tido públicos pequenos, mas nossas organizadas e os torcedores têm nos apoiado sempre. Eles nunca nos decepcionam".
Miranda pede o apoio da torcida para vencer o Maracaibo______________________________
"Acho que a gente não esperava essa derrota, mas o mais importante é que todo mundo batalhou e lutou até o fim. A vida é assim mesmo. Não desmerecendo o adversário, mas nosso time tem mais qualidade. O que faltou foi perna, gás mesmo. A gente dava um pique, e precisava parar para respirar".
O Paraná Clube não conseguiu superar as muitas adversidades que encontrou para a partida desta terça-feira contra o Real Potosí, válido pela 5.ª rodada da Copa Libertadores da América. O placar de 3 a 1 para os bolivianos foi construído em cima da "falta de gás" dos jogadores paranaenses e a vantagem que o time da casa leva por estar acostumado a disputar partidas em grandes altitudes.
O jogo em si foi bem disputado até meados do segundo tempo. O Paraná conseguiu "vencer" o Potosí no primeiro tempo ao empatar o jogo com Gerson logo depois do time boliviano abrir o marcador. O time conseguia trabalhar bem a bola, na primeira etapa, mas no segundo tempo o cansaço levou a melhor.
Alguns jogadores passaram muito mal, tiveram tonturas e até ânsia de vômito. No fim, o Potosí conseguiu aproveitar melhor as chances que teve e fez o placar que precisava.
O jogo
Não dá pra dizer que o Paraná sentiu a temida altitude da cidade de Potosí nos primeiros minutos do jogo desta noite. A bola rolava com velocidade, os jogadores do Tricolor conseguiam acompanhar todos os lances e criou boas chances de gol. As principais jogadas aconteciam pelo lado direito, com a boa participação de Goiano.
A primeira chance Tricolor aconteceu aos 2 minutos. Henrique carregou bola pela direita, venceu a marcação e disparou uma bomba, num chute cruzado, para grande defesa de Burtuvoy. Um nova oportunidade aconteceu aos 20 minutos, mas o desfecho do lance foi na melhor das hipóteses horrível. Depois de um cruzamento feito por Henrique pela esquerda, a bola sobrou para Beto que, de frente para o gol, chutou forte e torto para fora.
O jogo seguiu com pequeno domínio do Potosí. Aos 23 minutos o time boliviano aproveitou a única vacilada da zaga paranista até aquele momento e abriu o marcador. Depois de uma cobrança de escanteio em dois toques, Ribeiro recebeu, ergueu a cabeça e cruzou com precisão. Por trás da zaga como se fosse uma jogada ensaiada Rodriguez surgiu e cabeceou no ângulo de Flávio, sem chances de defesa.
Imediatamente o Paraná percebeu que precisaria de fôlego extra para buscar o resultado. Alguns minutos depois, aos 29, Gerson recebeu uma bola pela direita, entrou na área e deu um drible desconcertante no zagueiro adversário. Com o domínio da bola, o jogador ergueu a cabeça e com habilidade tocou na saída do goleiro Burtovoy para empatar o jogo.
O Tricolor quase ampliou o placar aos 31 minutos, quando Henrique disparou uma bomba de longe para susto do camisa 1 do Potosí. Com o jogo equilibrado, o time paranaense tentava cadenciar as jogadas e esperar o erro dos anfitriões. Aos 40 minutos o Paraná perdeu a grande chance de fazer a virada. Goiano lançou Henrique, que recebeu em posição privilegiada e ficou de cara para o gol. Ao invés de bater para o gol, tentou o cruzamento e encontrou um zagueiro entre ele e o meia Dinelson, que estava sozinho.
Segundo tempo sem fôlego
Contrariando até o que tinha dito durante a semana, o técnico Zetti não quis fazer nenhuma modificação na volta do time para o segundo tempo. Os jogadores, aparentemente, não sentiram os "esperados" problemas causados pelas altas altitudes.
Só que nos 45 minutos finais o futebol abaixo da média apresentado pelo Tricolor evidenciou estes problemas. Talvez o técnico Zetti tenha subestimado os efeitos da altitude e o Paraná começou a sofrer uma grande pressão do adversário. Apesar de Toninho cabecear com perigo aos 3 minutos para o Tricolor, todas as chances que se seguiram foram do adversário.
Aos 3 minutos Brandan faz grande jogada pela esquerda, encontrou espaço na marcação e chutou com muito perigo ao gol de Flávio. Aos 5 minutos foi a vez de Edu Monteiro ameaçar o gol paranista. Depois de uma reposição de bola errada dos paranaenses, o jogador roubou a bola e chutou forte para defesa em dois tempos do camisa 1 Tricolor.
A pressão sobre o Paraná seguiu grande e o segundo gol chegou aos 24 minutos. O atacante Grandan recebeu pelo lado esquerdo, se livrou da marcação e chutou de longa distância, sem chances para o goleiro Flávio. Um golaço, para delírio da torcida e desespero do Paraná. Pouco tempo depois, aos 29, o time da casa ampliou a vantagem. A zaga do Paraná bobeou e Edu Monteiro recebeu livre de marcação. Restou ao atacante boliviano apenas escolher o canto e tocar nas redes de Flávio.
O Paraná teve duas chances de diminuir a vantagem adversária. Aos 35 minutos o zagueiro Daniel Marques subiu ao ataque e fez o passe para o atacante Vinicus Pacheco, que acabara de entrar. O jogador encontrou o espaço, chutou rasteiro e com perigo ao gol de Burtovoy. A segunda oportunidade apareceu aos 38, quando Alex fez o passe para Dinelson que tocou de cobertura. A bola raspou no travessão antes de sair para tiro de meta. Pouco antes, Edu Monteiro cabeceou no travessão de Flávio e quase marcou o 4.º gol.
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