"Eu me sinto incompetente para resolver o problema financeiro do clube". A declaração dramática do vice-presidente de futebol, Aramis Tissot, exprime bem a situação do Paraná. Sem jogar até o próximo dia 31, e com a promessa de quitar parte da dívida com os atletas até esta data, o Tricolor não sabe o que fazer para cumprir o combinado.

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A diretoria corre atrás de, pelo menos, R$ 500 mil. "Se nós tivéssemos alguma coisa em torno desse valor, amenizaríamos a questão e levaríamos para a frente sem problema", afirma Tissot. No entanto, é necessário R$ 1 milhão para saldar todos os salários e direitos de imagem vencidos dos jogadores. "Aí colocaríamos tudo em dia."

O caminho para encontrar uma solução de emergência segue sendo a negociação de percentuais dos direitos econômicos de atletas. Com a ressalva de, para tanto, não ser preciso se desfazer deles. O Tricolor não quer enfraquecer a equipe na dura batalha pelo retorno à Série A.

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Porém não há nada em vista no momento. Recentemente o clube lançou mão do artifício com o atacante Marcelo Toscano – o empresário Renato Trombini teria feito a compra –, que agora pode deixar a Vila Capanema. Outro cotado é o lateral-esquerdo Gílson. "Precisamos de um investidor. Alguém que se disponha a ajudar neste momento difícil", diz Tissot.

Deixada de lado a preocupação com as contas, aí sim será possível acreditar em uma recuperação do time. No período pré-Copa, o Tricolor fez uma campanha excelente, alcançando a liderança da Série B. Foram cinco vitórias e duas derrotas.

Mas o retorno foi péssimo. Os três jogos depois do recesso representaram duas derrotas, para Icasa e Brasiliense, e um empate com o Guaratinguetá. Com apenas um ponto somado, o Paraná caiu para a quinta colocação, fora da zona de acesso – posição que ainda deve perder com a sequência da rodada.

"Não posso dizer que a equipe perdeu os jogos como uma sacanagem. Não. Houve uma desmobilização. Tivemos uma parada de dez dias de férias [durante a Copa], e quando o pessoal voltou não veio tão mobilizado. Temos que mobilizar novamente", analisa o diretor.

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