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A Série B do Brasileirão é conhecida pelos jogos bastante disputados, muitas vezes feios e onde um mínimo detalhe pode pender para um lado. Portuguesa e Paraná Clube seguiram o script como manda o figurino, e em uma partida difícil de assistir, a Lusa mostrou mais qualidade e eficiência para vencer por 1 a 0 na noite desta sexta-feira, no Canindé. O resultado coloca os paulistas no G-4 de cima. O Tricolor segue afundando no G-4 de baixo.
Em praticamente todo o tempo, o jogo foi parelho, no mal sentido. Jogadas bisonhas, excesso de passes errados, faltas em propulsão e goleiros pouco acionados. O empate sem gols ia se desenhando até os 41 minutos do segundo tempo, quando o meia Fellype Gabriel ganhou de cabeça, em cobrança de escanteio, e mandou para o fundo das redes do goleiro Ney.
O Paraná não conseguiu se encontrar em termos ofensivos, principalmente com a perda do atacante Wellington Silva logo aos 19 minutos de partida. Sem uma homem de referência no ataque, a correria implantada pelos meias Elvis e Davi praticamente não resultou em nada a não ser uma sensação de que o gol até poderia vir, fosse em uma bola parada ou em uma jogada individual. Mas foi pouco.
O Tricolor segue estacionado em 17º, com oito pontos (2 vitórias, dois empates e cinco derrotas). Apesar de não correr o risco de perder alguma colocação, o time corre o risco de ver os times acima abrirem e os de baixo encostar.
A crise segue na Vila Capanema e a dificuldade continua, já que no próximo sábado (11), os paranistas viajam até Goiânia para enfrentar o Atlético-GO. Já a Lusa terá o São Caetano pela frente, fora de casa, na próxima sexta-feira (10).
Pouco público, pouco futebol e muitas faltas no primeiro tempo
Se o apelo de uma partida de futebol pode ser medida pelo público que comparece ao jogo, Portuguesa e Paraná deveriam se envergonhar. Um Canindé praticamente vazio recebeu o confronto, e o futebol visto nos 45 minutos iniciais deve ter feito aqueles que pagaram ingresso a pensarem a respeito de estarem ali ou em outro lugar. Uma partida fraca não podia ver outro número que não fosse o zero no placar.
Diante de um meio-campo congestionado armado pelo técnico Zetti, a Portuguesa de Paulo Bonamigo encontrou sérias dificuldades e o goleiro Ney permaneceu uma figura decorativa durante boa parte do primeiro tempo. Se na defesa o Tricolor não comprometia, no ataque a correria implementada por Davi e Elvis pouco resultava em lances claros de gol. Assim, o único atacante de ofício, Wellington Silva, saia da área para buscar o jogo.
Durante os 19 minutos em que esteve em campo, o camisa 9 do Paraná foi o jogador mais lúcido, mas inspirado e com mais vontade entre os 22 que estavam no gramado. Todavia, o ditado popular diz que "uma andorinha só não faz verão". Resultado: mesmo criando algumas oportunidades, os chutes de Wellington Silva não fizeram o goleiro Fábio trabalhar. Quando o gol tricolor ia amadurecendo, o atacante sentiu uma dor na parte posterior da coxa e saiu, dando lugar a Alex Afonso.
Seja por "zica" ou por acaso da partida, a saída do seu principal jogador fez o Paraná murchar de vez no setor ofensivo e o jogo deu lugar as faltas, de lado a lado. Em uma delas, o lateral-direito César Prates entrou forte em cima de Kléber, em um perigoso carrinho frontal, e o cartão amarelo ficou barato para o jogador da Lusa. A equipe da casa ensaiou uma pressão no final da etapa inicial, porém sem sucesso.
"Temos que jogar mais pelos lados, principalmente aqui pela direita, em cima do Preto Costa", dizia Zetti antes de seguir para o intervalo.
Empate parecia garantido, mas cabeçada mantém Tricolor no fundo do poço
A expectativa de uma modificação na partida no segundo tempo veio à conta gotas. O goleiro Fábio não se sentiu bem (passou a semana toda gripado) e deu lugar a Vitor na Portuguesa. Dentro das quatro linhas as duas equipes seguiram pouco inspiradas em termos ofensivos, irritando os torcedores principalmente os da Lusa, em maior número. Todavia, aos poucos, os paulistas foram saindo mais, o Tricolor buscou os contra-ataques e uma nova correria se instalou.
Mesmo com mais movimentação e uma evidente vontade de lusitanos e paranistas de vencerem o jogo, os goleiros seguiram sem trabalhar efetivamente, demonstrando que oportunidades reais de gol não existiram. Pelo menos até os 20 minutos, quando a Portuguesa chegou em três ocasiões com muito perigo. Em todas elas a bola passou pelos pés de Edno e só não entrou graças a Ney.
A entrada de Cristian no lugar de Edno deu ainda mais fôlego aos donos da casa, que pressionavam, dando espaço para os contra-ataques. Contudo, sem atacantes inspirados, o gol ficou longe de vir. A expulsão do lateral-esquerdo Fabinho só piorou a situação do Paraná e a Lusa partiu para um último abafa. Deu resultado. Aos 41 minutos, em cobrança de escanteio, Fellype Gabriel subiu de cabeça com mais dois lusitanos e marcou.
Na base do desespero, o Tricolor ainda tentou buscar o empate, teve duas chances, porém novamente o setor ofensivo falhou. E em um jogo equilibrado, os detalhes fazem a diferença.
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