Paraná revive tática do deserto

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Sucre – O Paraná vai repetir no duelo de hoje contra o Real Potosí a estratégia de sua primeira experiência no ar rarefeito, a vitória por 2 a 0 sobre o Cobreloa, em Calama-CHI, pela Pré-Libertadores: priorizar o posicionamento tático defensivo e apostar na velocidade da dupla ofensiva Dinélson e Henrique, com o apoio do meia Gerson, para tentar chegar ao gol através de contra-ataques. Foi essa a alternativa encontrada pelo técnico Zetti para suprir a ausência do centroavante Josiel, contundido.

É verdade que os 2.300 metros de altitude em Calama nem se comparam aos 4.070 de Potosí, mas os três responsáveis pelo ataque esperam uma atuação tão boa como no dia 1.º de fevereiro. "Acho que será um jogo idêntico, decidido nos detalhes", opinou Gerson.

"Essa altitude não é brincadeira. É preciso jogar com inteligência, fazer a bola correr e não a gente, tocando de pé em pé, sempre um perto do outro", receitou Henrique, assim como os companheiros orientado a dosar energias. "Esforço máximo só quando for em direção ao gol mesmo. Na lateral nem pensar", acrescentou.

Ele e Dinélson foram apontados pela comissão técnica como dois dos jogadores que, por seus biotipos, provavelmente vão sentir menos as conseqüências do ar rarefeito. "Até fico mais tranqüilo em saber disso, mas ainda não dá para sair correndo feito louco", brincou Henrique.

Já o companheiro de ataque, com uma experiência nos 2.240 metros da Cidade do México, prefere a cautela. "Atuei lá pelo Corinthians em 2005 (contra o Pumas, pela Copa Sul-Americana). Até senti menos do que outros jogadores, mas foi muito complicado", lembrou o meia-atacante, que pela segunda vez não dispensará o uso de cilindros de oxigênio.

Dinélson entende que, com menos jogadores do meio para a frente, fica mais fácil para o time ocupar os espaços sem desgaste excessivo. "Se tivermos muitos atacando, dificulta para compactar na volta. Assim podemos agredir só quando for a hora", afirmou.

Assim como no Chile, a linha defensiva será formada por três zagueiros. A diferença é que desta vez João Paulo e Toninho substituem Aderaldo (que deixou o clube) e Neguette (voltando de contusão). Outra novidade estará na ala-direita. O volante Goiano será improvisado na função de André Luiz, contundido.