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A Associação Brasileira de Surf Profissional (Abrasp) recebeu nesta semana o exame antidoping do paranaense Jihad Kohdr. O resultado foi negativo, mas o surfista ainda corre risco de perder o bicampeonato brasileiro por não ter feito o exame no dia 14 de outubro, quando sagrou-se campeão durante a etapa do Rio de Janeiro.

O caso será decidido em dezembro, no Rio de Janeiro, durante um julgamento da Abrasp. Jihad não fez o exame no dia porque temia que os resultados apontassem substâncias contidas nos remédios antidepressivos que toma. Ao saber que poderia perder o título, pediu desculpas à Abrasp e foi autorizado a fazer o antidoping.

- Trabalhamos todos estes dias para reunir todo material necessário e mostrar ao Conselho Executivo de que o Jihad não deve ser punido e que é dele o titulo de bicampeão brasileiro. Além disso. o Jihad demonstrou na água que é o legítimo campeão, que teve boa fé durante todo o episódio solicitando fazer o exame, sempre em busca da verdade. E agora com o resultado oficial, não se deixa dúvida de que a conquista foi obtida de forma limpa – diz o treinador do surfista, Rodrigo Tusca.

No ano passado, o surfista muçulmano descobriu sofrer de transtorno bipolar, distúbio caracterizado por variações emocionais. Procurou especialistas após o epísódio da deportação dos Estados Unidos. Ele estava com visto de turista, e não o de trabalho.

- Também deixamos claras a situação médica do Jihad e que ele ainda competiu abaixo da sua melhor condição. E isso não foi só na final. Nestes dois anos ele conviveu com cinco finais em dez etapas e ao mesmo tempo a descoberta de um transtorno bipolar. Não foi fácil – conta Tusca.

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