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O título do SuperSurf, o circuito brasileiro de surfe, foi parar no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Por não ter feito o exame antidoping no dia em que se sagrou bicampeão, o surfista paranaense Jihad Kohdr pode ser punido. Quem espera a decisão ansiosamente é Renato Galvão, campeão de 2004 e vice desta temporada.

- Vamos ver o que acontece. Espero que as regras sejam cumpridas – diz o paulista Galvão.

Ele se refere a uma regra pela qual o surfista que não faz o antidoping é considerado dopado. Jihad não fez o exame no dia porque temia que os resultados apontassem substâncias contidas nos remédios antidepressivos que toma. Ao saber que poderia perder o título, pediu desculpas à Associação Brasileira de Surfe Profissional (Abrasp) e foi autorizado a fazer o antidoping.

Jihad lamenta a atitude de seu adversário. No ano que vem, o paranaense não disputará o SuperSurf porque está classificado para o Circuito Mundial, o WCT.

- Se eu tivesse ficado em segundo, nunca faria isso com outro competidor, sabendo que perdi para ele em todos os campeonatos. Eu teria que, no mínimo, admitir isso. Tem que ganhar na competição, e não levar para tribunal, fazer bafafá. Não preciso de nada disso para ganhar. Neste ano eu estava muito estressado e cansado, e mesmo assim consegui ganhar – diz o paranaense.

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