Carlos Alberto Parreira explicou o motivo de não dar folga aos jogadores se o Brasil conquistar a vaga antecipada para a Copa do Mundo contra o Chile. O treinador quer ter a força máxima nos dois últimos jogos das Eliminatórias, contra Bolívia e Venezuela. Parreira espera iniciar, nestas partidas, a preparação para a Copa, já que considera o calendário em 2006 muito apertado.
O treinador brasileiro reclamou do fato de só ter disponível os brasileiros que jogam no futebol europeu uma vez antes da Copa da Alemanha.
- Só teremos no próximo ano uma data Fifa (em que todos os clubes são obrigados a liberar os seus jogadores para as seleções). É muito pouco para disputar a Copa do Mundo. Toda oportunidade que ainda tivermos esse ano vai ajudar muito para preparar o time para a Copa - disse o treinador.
O carinho da torcida em Brasília animou o treinador. Parreira não se incomoda em jogar na cidade num momento político tão conturbado.
- O jogo está marcado há muito tempo, antes de qualquer crise política. Para a gente não faz qualquer diferença. Estamos aqui para jogar bola, não saímos da esfera esportiva.
Parreira cometou o rendimento do time desde que começou a adotar o "quadrado mágico". Para o treinador, a derrota para a Argentina por 3 a 1, em Buenos Aires, não lhe tirou a certeza de que o esquema poderia dar certo.
- O primeiro jogo para os argentinos foi atípico. Era uma questão de vida ou morte para eles. Foi um jogo totalmente diferente, que eles se prepararam, colocaram um time reserva para jogar alguns dias antes contra o Equador. O Brasil não fez nada especial para a partida. Além disso, eles colocaram 70 mil pessoas no estádio, estavam engasgados por causa da derrota na final da Copa América, quando não estávamos com a força máxima. Eles levaram um ano e meio para dar a forra. Mas o Brasil só esperou um mês para provar que somos superiores - disse o Parreira, se referindo a vitória brasileira logo depois na final da Copa das Confederações.
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