Pela Copa, Rogério Ceni atrasa visita ao pai em MT

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Lúcio, Luisão... Roberto Carlos! O nome do goleiro Marcos fora da convocação para a Seleção Brasileira – anunciada em ordem alfabética por Parreira – foi a senha para Eurides Ceni, 68 anos, encher-se de esperança na convocação do filho. Mais alguns segundos de expectativa, veio Robinho e a confirmação de Rogério Ceni na lista dos convocados para a Copa.

"Não saiu o Marcos na letra M, aí nós já vibramos", revela o pai do goleiro nascido em Pato Branco, interior do Paraná, único representante nascido no estado entre os 23 jogadores da seleção brasileira. Foi a segunda convocação de Rogério para um mundial. Na Copa do Japão e da Coréia em 2002 ele foi como terceiro goleiro, na reserva de Marcos e Dida, mesma condição que deve enfrentar esse ano, atrás de Dida e Júlio César.

O paranaense ganhou a posição por conta da contusão de Marcos. O rival palmeirense, titular no penta, estava afastado desde 11 de fevereiro por contusão muscular na coxa direita, sendo liberado para retornar aos treinos só na semana passada.

Além disso, Parreira apostou no bom retrospecto recente de Ceni, capitão e símbolo do São Paulo nas conquistas da Libertadores da América e do Mundial Interclubes em 2005. No amistoso com a Rússia, em março, vitória por 1 a 0, gol de Ronaldo, ele também teve boa atuação, aumentando suas chances. Rogério disputou 16 partidas e sofreu 12 gols pelo Brasil.

"O ano passado foi muito bom para o meu filho em termos de títulos. Mas acredito que a pressão popular e a opinião dos comentaristas esportivos em favor dele também contribuiram bastante", disse Eurides Ceni, que assistiu à convocação em seu escritório, ao lado do filho Rudimar.

A viagem que Rogério faria para visitar os pais em Sinop (MT), dia 5 de junho, caso não fosse chamado, felizmente foi adiada. "Fica para a próxima vez por um bom motivo. No final do ano ele estará por aqui, e espero que traga o sexto título mundial", disse Eurides, que é produtor rural. Nascido em 1973, Rogério morou em Pato Branco até 1985, quando a família se mudou para Sinop.

Em São Paulo, o goleiro comemorou a convocação, lembrando o apoio dos torcedores e a confiança do técnico. "Estou muito contente. Agradeço a confiança do Parreira, como também não posso deixar de ressaltar o apoio da opinião pública, Em especial aos são-paulinos, que a todo momento me dão muita força", disse o jogador ao site oficial do São Paulo.