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Vinícius alega atraso constante no pagamento do salário para rescindir contrato com o Tricolor | Giuliano Gomes / Gazeta do Povo
Vinícius alega atraso constante no pagamento do salário para rescindir contrato com o Tricolor| Foto: Giuliano Gomes / Gazeta do Povo

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Para a partida de amanhã contra o ASA-AL, às 21 horas, na Vila Capanema, o técnico Marcelo Oliveira tem apenas uma dúvida na escalação. Sem o zagueiro Irineu, expulso pelos dois cartões amarelos recebidos contra o São Caetano, ele testou o zagueiro Diego Cor­­reia e o volante Diogo, improvisado, na defesa. Nas demais posições, Oliveira deve manter o mesmo time que entrou em campo no ABC Paulista, na última terça-feira, no empate em 2 a 2.

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Depois do atacante Anderson Aquino, o Paraná pode contratar outro atleticano para a disputa da Série B. As duas diretorias já acertaram o empréstimo do meia Ne­­tinho até o final da temporada. No entanto, o jogador deixou para hoje a resposta se aceita ou não a mudança de ares.

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Enquanto ensaia uma reação den­­tro de campo na Série B, fora dele o Paraná segue convivendo com os problemas de sempre. Ale­­gando atraso de salários por mais de 90 dias, os meias Élvis e Vinícius entraram com ações na Justiça do Trabalho contra o clube. Ambos reivindicam a rescisão de seus contratos.

Coincidência ou não, no mesmo dia em que foi anunciada a decisão dos atletas, os dois revelados nas categorias de base do Tri­­color, o clube decidiu afastá-los do elenco profissional. O motivo apresentado foi "indisciplina".

"Eles não seriam mais aproveitados pelo Marcelo Oliveira [técnico], têm idade para jogar na base e devem ajudar o time de juniores a conquistar uma posição honrosa no campeonato amador. A diretoria tem de manter a ordem aqui dentro", explica Guto de Mello, diretor de futebol paranista.

Ele rejeita que o afastamento tenha relação com a ida à Justiça. "Não tem nada a ver com a reclamatória trabalhista. Eu não quero nem ficar sabendo disso".

O advogado dos jogadores, Augusto Mafuz, se indigna: "Isso chama-se coação. É um absurdo, pois eles estavam integrados normalmente ao profissional há mais de um ano. Nós vamos comunicar o Ministério Público do Trabalho sobre isso", afirma Augusto Mafuz, advogado de Élvis e Vinícius.

Sobre a ação, o Paraná se mostra tranquilo. "Não fomos citados ainda. A argumentação básica desse tipo de caso é o atraso de salário por mais de 90 dias, algo que eu posso garantir que em nenhum mo­­mento aconteceu. E atualmente, está tudo em dia", afirma Ales­­san­­dro Kishino, advogado do Tricolor.

"O clube já deixou de pagar os salários por mais de três meses. Além disso, a reclamação trata do atraso sistemático dos vencimentos. Nunca se recebe em dia. O clube acha que pode atrasar por 2 meses e 29 dias e aí pagar. A lei diz que o salário deve ser recebido de 30 em 30 dias", argumenta Mafuz.

Em abril, o meia Élvis foi em­­pres­­tado ao Botafogo e acabou não sendo aproveitado no Rio de Ja­­neiro. Retornou ao Durival Britto re­­centemente e recebeu uma oportunidade de atuar, entrando no segundo tempo, na derrota para o América-MG (1 a 0), em Sete Lagoas-MG.

Por sua vez, Vinícius chegou a ganhar uma chance como titular da equipe do técnico Marcelo Oli­­vei­­ra. Isso aconteceu na goleada sobre o Náutico (4 a 0) e ele foi o autor do terceiro gol. De­­pois disso, acabou perdendo es­­paço.

Ontem à tarde, os dois foram procurados pela imprensa na saída do Durival Britto. Mas optaram por não conceder entrevistas.

Neste ano, o Tricolor já enfrentou esse tipo de situação em outras ocasiões. Também recorreram à Justiça para se desligar do clube os meias Caio e Cristian (das categorias de base), os atacantes Davis e Clê­­nio, além do técnico Sérgio Soares.

Mais recentemente, foi a vez do atacante Marcelo Toscano. Há duas semanas ele foi negociado pelo Paraná com o Vitória de Gui­­ma­­rães, de Portugual. Antes disso, tentou deixar a Vila Capanema pela via judicial, mas voltou atrás na decisão.

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