Rafael Silva pode não ser ainda um nome conhecido. Mesmo entre os judocas, só agora começa a ser notado. Apesar da pouca fama, chega aos Jogos de Londres como o terceiro melhor do mundo da categoria pesado (mais de 100 kg).
Se o atleta, que compete nesta sexta-feira (3), não parece familiar ao público, a explicação é que o judoca, de 25 anos, nascido no Mato Grosso do Sul (MS) e radicado em Rolândia (PR), é um talento tardio, algo incomum no judô. Começou a praticar o esporte já adolescente, aos 15. Comparativamente, aos 16, Mayra Aguiar - que levou a medalha de bronze nesta quinta - já estava em sua primeira Olimpíada.
Em uma carreira meteórica, Baby, como foi apelidado na seleção, chega a Londres para lutar por medalha. Uma aposta não só da Confederação Brasileira de Judô (CBJ), mas também de quem faz estimativas de resultados olímpicos, como a revista norte-americana Sports Illustrated, que "dá" a Rafael o bronze.
"Quando confirmei a minha vaga para Londres [em janeiro], percebi que comecei a ser olhado com mais respeito e desconfiança pelos adversários", conta o atleta, principal novidade do judô brasileiro na Olimpíada de Londres.
Nos últimos 12 meses, ele subiu 12 posições no ranking. No Pan de Guadalajara, Baby perdeu a final, sendo o único brasileiro sem a medalha de ouro no peito. Nada que o abalasse.
Para evitar a pressão de ter de garantir um bom resultado para o time, ele e Maria Suellen Altheman, representante brasileira no peso-pesado feminino, foram blindados pela CBJ e só chegaram a Londres ontem. Até então, seguiram treinando na base criada em Sheffield, a 300 km da capital inglesa, longe dos tropeços de favoritos como Leandro Guilheiro e Rafaela Silva, que provocaram até uma reunião da comissão técnica para dar moral aos judocas que ainda iriam lutar.
Ele diz acreditar ter plenas condições de subir ao pódio. "Posso conquistar a minha primeira medalha justamente na minha primeira participação olímpica", afirma.
Para ir mais alto, ao ouro, porém, tem uma "muralha" pela frente: o francês Teddy Rinner, que com apenas 23 anos já é o maior judoca da história, com o inédito pentacampeonato mundial. O Big-Ted, como é chamado, vem com força total para a capital inglesa: o título olímpico é o único "troféu" que lhe falta. Em sua estreia nos jogos, em Pequim-2008, ficou com o bronze. Rafael também coloca entre os principais adversários o alemão Andreas Tolzer.
Rafael larga na missão enfrentando o islandês Thormodur Jonsson, 58.º do ranking mundial, às 5h58 (de Brasília). Maria Suellen Altheman sobe ao tatame pouco depois, às 6h26, contra a francesa Anne-Sophie Mondiere, na categoria acima de 78 kg, no último dia do judô olímpico.
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