Mário Celso Petraglia está preocupado com a possibilidade de Curitiba e por conseqüência a Arena da Baixada não receber os jogos da Copa do Mundo de 2014. De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Atlético, a capital paranaense não está "fazendo a lição de casa corretamente". "Outras cidades estão trabalhando, politicamente e tecnicamente, muito mais do que nós", alerta.
Nesta entrevista, concedida por telefone na quinta-feira, o cartola rubro-negro fala ainda da conclusão do estádio, de sua divergência recente com o presidente da Federação Paranaense de Futebol (FPF), Hélio Cury, um pouco de futebol e muito de Mundial no Brasil.
Na quarta-feira passada, durante a reunião que definiu como será a apresentação de Curitiba no seminário da CBF, o senhor discutiu com o presidente da FPF, Hélio Cury. O motivo, revelado pelo próprio Cury, teria sido o fato de a Federação ainda trabalhar com a possibilidade de trocar a indicação do estádio para a Copa de 2014. O sr. quer comentar o que aconteceu?
Absolutamente. Não vou dar resposta a esse idiota.
Existe mesmo a chance de a Arena não ser o estádio da Copa?
Se as pessoas honrarem o que assinaram, não. A Federação não faz parte do processo. Lá atrás, ela impôs para que fosse o seu estádio, quando induziu o governo ao erro, o que resultou naquele absurdo de indicação do Pinheirão, falido, sucateado e endividado, como todos nós sabemos. Acho estranho que se levante novamente esta questão. Não sei o que procuram, se promoção pessoal ou criar alguma divergência.
Os políticos envolvidos na candidatura paranaense estão otimistas. Curitiba caminha mesmo bem para ser sede do Mundial?
Não dá para saber. Tivemos um movimento em maio do ano passado e lamentavelmente não se fez mais nada. Realmente é muito pouco.
Então a cidade corre mesmo o risco de perder a disputa?
Absolutamente que sim. São 18 cidades candidatas, com cinco previamente escolhidas, de forma política, que são Rio, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre e Brasília. Restam 13 e precisamos ser melhor do que oito. Não estamos fazendo a lição de casa. Sabemos que outras cidades estão trabalhando, politicamente e tecnicamente, muito mais do que Curitiba.
É a questão política que ainda atrapalha?
Não sei, o Atlético é apolítico.
Há dois projetos de conclusão da Arena, um para a Copa e outro não?
Obviamente que sim. A exigência para uma Copa é infinitamente maior do que a exigência para uma final da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol), por exemplo. Como estão as obras de ampliação do estádio?
O andamento vai muito bem, obrigado. Temos caminhado muito mais do que as outras capitais. Já iniciamos as obras do anel inferior do lado da Buenos Aires. Teremos, mais tardar no começo de 2009, um estádio para 30 mil pessoas.
Já há negociação em andamento com investidores para a conclusão da Arena?
Não temos nada oficial neste momento.
Há uma onda de times falando em construir arenas. O que o sr. pensa disso?
Os estádios no Brasil são da década de 60, do século passado, estão sucatedos. Todo mundo vê a necessidade de construir a sua arena, mas poucos terão condição de fazer. Acho graça quando ouço pretensões sem nenhuma viabilidade.
O sr. conseguiu se afastar realmente do futebol ou ainda dá uns pitacos?
O doutor Marcos Malucelli assumiu gentilmente essa função de vice de futebol, fazendo as vezes do Conselho Gestor junto ao técnicos, à comissão técnica e aos jogadores. Nós nunca estivemos lá.
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