Amanda Rossi foi encontrada morta dentro do campus da Unopar| Foto: Roberto Custódio/JL
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O clima quente entre atleticanos e gremistas, iniciado em campo na Arena da Baixada, na noite de quarta-feira (31), segue fervendo. Nesta quinta-feira pela manhã, o presidente do Conselho Deliberativo do Atlético Paranaense, Mario Celso Petraglia, teve um encontro com dirigentes do Grêmio que acabou em pancadaria. Além disso, os dois clubes continuam se acusando mutuamente pelos respectivos sites oficiais.

Petraglia estava no Aeroporto Afonso Pena aguardando um vôo para São Paulo. Em entrevista à rádio CBN, ele afirmou que lia um jornal quando teria sido abordado por dirigentes do Grêmio, que aguardavam vôo para Porto Alegre. Os gremistas, segundo o relato do dirigente atleticano, o teriam afrontado com palavrões, ofensas morais e ofensas físicas. O caso foi parar na delegacia do próprio aeroporto, mas ninguém ficou detido no local.

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Já a versão dos gaúchos é outra. Segundo relato de Alfredo Oliveira, dirigente do Grêmio, Petraglia tomou atitudes provocativas tentando impedir a passagem de jogadores em direção à sala de embarque - principalmente Tcheco.

Nesse momento, o diretor de futebol do Grêmio, Paulo Pelaipe, se dirigiu a Petraglia, quando então teria sido agredido por seguranças do dirigente atleticano. "O Pelaipe vai prestar queixa na delegacia de polícia. Ele perdeu um dente e está com a cara inchada. Coisa desse desclassificado do Petraglia e seus gorilas", disse Oliveira à Rádio Bandeirantes de Porto Alegre.

O início

A confusão toda começou ainda no jogo pelo primeiro turno do campeonato brasileiro. Na partida entre as duas equipes, no dia 28 de julho, no Estádio Olímpico, em Porto Alegre, dois jogadores do Atlético saíram gravemente feridos. O atacante Alex Mineiro sofreu fraturas na face e o meia Evandro perdeu três dentes em choques com gremistas. O jogo terminou empatado em 1 a 1. Alex Mineiro ficou desde então sem poder jogar e fez sua reestréia perante a torcida justamente no jogo de volta, na quarta-feira, na Arena da Baixada.

No campo da Arena, o Atlético venceu por 2 a 0 e, no final da partida, ainda em campo, começou a confusão. Depois, ela se estendeu até o vestiário, foi parar na polícia e segue nos sites dos clubes. A pancadaria foi geral, houve empurra-empurra e trocas de ofensas entre jogadores e diretorias dos dois times.

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A sala de imprensa do Atlético Paranaense e os vestiários do Grêmio ficaram bastante danificados e o caso foi parar na delegacia. Agora, cada equipe se defende e aponta a outra como responsável pela confusão.

O site do Atlético destaca a notícia "Violência gremista", que traz a imagem do volante e capitão Claiton mostrando marcas na região do abdome. Segundo os atleticanos, o jogador gremista Eduardo Costa, que já havia discutido no gramado, teria ficado escondido na sala de imprensa, esperando a entrada de Claiton, recebendo-o com um chute no peito. O volante acredita que a agressão na Arena teria sido de caso pensado. "Acho que as coisas lá aconteceram não de propósito, mas aqui foi", disse.

O site do Grêmio traz a notícia "Tcheco é agredido por dirigente do Atlético". Segundo os gremistas, o presidente do Conselho Deliberativo, Mario Celso Petraglia, e seus seguranças agrediram o jogador Tcheco premeditadamente e o clima hostil já havia sido previsto com antecedência pelo clube. "Desde a primeira partida entre as duas equipes realizadas no Olímpico, no primeiro turno, dirigentes da equipe paranaense vêm alimentando este clima de hostilidade", diz o texto.

O clima tenso tem origem em conseqüência de fatos ocorridos no jogo pelo primeiro turno. No dia 28 de julho, Alex Mineiro recebeu um chute involuntário no rosto e teve que passar por uma cirurgia para reconstrução dos ossos da face. Evandro, também jogador do Atlético, recebeu uma cotovelada e perdeu três dentes. No início dessa semana, os dirigentes do Grêmio pediram proteção especial temendo represálias.