| Foto: Sossella

O Comando do Policiamento da Capital (CPC) analisou, neste sábado (17) as imagens divulgadas pela imprensa do confronto entre policiais militares e torcedores do Coritiba na sexta-feira (16), após a derrota do Coxa para o Marília por 3 a 2. Será instaurado um procedimento militar para investigar se houve abuso de autoridade por parte da Polícia Militar. Os torcedores que foram feridos e se sentiram prejudicados com a situação podem prestar queixa oficial contra a ação policial no quartel do CPC, a partir de segunda-feira (19).

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O quartel fica localizado na Avenida Marechal Floriano Peixoto, 1401, no bairro Rebouças, em Curitiba. A informação foi confirmada neste sábado (17), pelo chefe do setor de planejamento do Comando de Policiamento da Capital, major Douglas Dabul em entrevista ao telejornal ParanáTV. O comandante do CPC, Amaro do Nascimento Carvalho, determinou a abertura de um procedimento militar para apurar as circunstâncias da ação policial, que deixou dezenas de torcedores feridos.

O confronto também causou ferimentos em seis policiais. Um ficou em estado grave. O cabo Odacir Correia, da Polícia de Choque, foi atingido por um objeto no rosto e corre o risco de perder a visão. Segundo a assessoria de imprensa da PM, Correia vai passar por uma cirurgia e continua internado no Hospital Cajuru. Outros cinco policiais tiveram ferimentos leves. Cinco carros da polícia foram atingidos no confronto.

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Segundo a PM, o tumulto começou fora do estádio e as pessoas que deram início à confusão não assistiram ao jogo, mas permaneceram o tempo todo do lado de fora do estádio. Antes do término da partida, segundo a versão da PM, alguns torcedores começaram a atirar garrafas e pedras contra os policiais que observavam a movimentação e aguardavam a saída da torcida.

Várias bombas de efeito moral e balas de borracha foram utilizadas para tentar dispersar o tumulto. O problema é que a confusão coincidiu com a saída dos mais de 43 mil torcedores que foram ao estádio. Vários relatos de torcedores afirmam que houve excesso por parte dos policiais, que não distinguiram pais de família, mulheres, crianças e idosos dos causadores do tumulto e houve pânico entre as pessoas que queriam ir para casa.

A confusão aconteceu na Rua Mauá e alguns torcedores esperaram uma hora, após o término da partida, para sair do Couto Pereira. Segundo o major Dabul, se houve excessos da PM eles serão investigados.

"A PM não poderia deixar de atuar, considerando o ato de vandalismo que vinha sendo praticado pelos torcedores. O que aconteceu também é que as pessoas que estavam saindo do estádio sem saber o que estava acontecendo lá fora acabaram se envolvendo naquele tumulto todo. Por isso que ficou uma coisa onde as pessoas corriam sem saber o que estava acontecendo e nós buscávamos conter aqueles que haviam iniciado o tumulto", afirmou o major ao ParanáTV.

"Qualquer irregularidade será apurada. Os excessos serão apurados conforme as denúncias que apareçam no quartel", definiu Dabul. O número de torcedores feridos no confronto com a PM ainda é incerto. A assessoria de imprensa do Hospital Cajuru informou que apenas na segunda-feira (19) será possível verificar quantas pessoas foram socorridas após a partida.

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Funcionários do Hospital do Trabalhador disseram que não há como saber quantos deram entrada em decorrência do tumulto após a partida. No Evangélico, houve apenas o registro de um torcedor que sofreu um acidente de moto.