O Comitê Olímpico Internacional (COI) afirmou nesta quarta-feira (27) que segue "totalmente confiante" na preparação do Rio de Janeiro para a Olimpíada de 2016, apesar de o Estádio Olímpico João Havelange, o Engenhão, ter sido interditado na terça por tempo indeterminado. O local está programado para receber as competições de atletismo dos Jogos em pouco mais de três anos.

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O prefeito do Rio, Eduardo Paes, deu entrevista coletiva nesta terça, quando contou ter sido procurado pelo consórcio responsável pela construção do Engenhão, formado por Odebrecht e OAS, que informou sobre "problemas estruturais" na cobertura do estádio. E, como eles ofereceriam riscos aos torcedores, Paes optou pela interdição do local. O consórcio, no entanto, informou posteriormente que o deslocamento da cobertura que causou a interdição existe desde a inauguração em 2007.

Mark Adams, porta-voz do COI, disse que a entidade está em "contato regular" com os organizadores dos Jogos Olímpicos do Rio e lembrou que há tempo suficiente para o Engenhão ficar pronto. "Estamos ainda a mais de três anos para os Jogos e estamos totalmente confiantes de que irão entregar [o estádio]", afirmou.

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A Associação Internacional de Federações de Atletismo (Iaaf, na sigla em inglês) informou que está monitorando a situação. "Temos observado isso e vamos ficar com os olhos muito próximos nos desenvolvimentos", disse Nick Davies, porta-voz da entidade.

A organização dos Jogos Olímpicos de 2016, por sua vez, se manifestou dizendo ter "total confiança de que a cidade do Rio de Janeiro tomará as medidas necessárias para garantir que os Estádio Olímpico esteja pronto".

Sem o Engenhão, os clubes do Rio perderam a opção de realizar jogos no local que vinha sendo o principal estádio da capital carioca desde que o Maracanã foi fechado para reforma em 2010, antes da Copa das Confederações de 2013 e da Copa do Mundo de 2014.

Construído para os Jogos Pan-Americanos de 2007, ao custo de R$ 380 milhões, o Engenhão começou a ser erguido pela construtora Delta, que depois abandonou a obra, assumida pelo consórcio formado por Odebrecht e OAS.

Eduardo Paes avisou que o estádio só será reaberto "quando for apresentada uma solução definitiva" para os seus problemas estruturais. Ele enfatizou que "até agora nenhuma foi apresentada".

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