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Mick Fanning no momento em que o tubarão chega próximo a ele. | /Reuters
Mick Fanning no momento em que o tubarão chega próximo a ele.| Foto: /Reuters

Caso o tubarão tivesse investido contra Mick Fanning, não teria sobrado nada do surfista australiano de 34 anos. “Se o animal tivesse realmente atacado, ele não teria chance nenhuma de defesa. Seria uma presa fácil”, afirma Camila Domit, bióloga e pesquisadora do Centro de Estudos do Mar da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

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Segundo a pesquisadora, o incidente no mar de Jeffrey’s Bay, no domingo (19), não terminou em tragédia porque o animal só esbarrou no atleta. “Pelo que observei, pela nadadora dorsal e caudal, era um tubarão branco, de cerca de 3 metros. É um peixe curioso, que estava pela superfície e deve ter se enroscado no leash [corda que prende o surfista à prancha]. Foi uma infeliz coincidência”.

De acordo com o tamanho do animal, seria um tubarão jovem, que ainda não se alimenta de mamíferos como fazem os adultos. “É difícil presumir, mas o tubarão deve ter confundido o surfista com alguma coisa. Não foi para atacar”, reforça Camila.

O encontro espantou a todos durante a etapa da Liga Mundial de Surfe, na África do Sul. Tricampeão mundial, apesar do susto Fanning deixou a praia ileso. “É uma região conhecida pela presença de tubarões. Mesmo assim, é raro um encontro. É mais fácil uma pessoa morrer em um acidente de carro do que com um ataque de tubarão”, comenta a bióloga.

Pela internet, Fanning comentou o caso nesta segunda-feira. “Foi de longe a coisa mais assustadora que eu já passei e ainda estou abalado”, escreveu. “Em nosso esporte nós sempre pensamos sobre tubarões e sabemos que estamos no território deles. J-Bay [Jeffreys Bay] é um lugar incrível e vou voltar lá um dia”, continuou.

Já a organização do Mundial revelou que serão realizadas novas reuniões para reforçar a segurança dos surfistas no mar.

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