Campeão universitário nos EUA, Andre de Grasse provou, nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, porque já assume a postura de ídolo no Canadá. Nesta sexta-feira, ele venceu os 200m no Estádio da Universidade de York e ganhou sua segunda medalha de ouro no Pan. Há 24 anos que um mesmo atleta não vencia tanto os 100m quanto os 200m.
E a vitória desta sexta-feira cresce em expressão por conta do altíssimo nível da final, prova mais forte de toda a temporada internacional até aqui. Afinal, os três primeiros colocados entraram no Top 4 do ranking mundial. Só não foram mais rápidos do que o fantástico Justin Gatlin.
De Grasse ganhou o ouro com 19s88, enquanto o jamaicano Rasheed Dwyer ficou com a prata com 19s90. Só na terceira casa decimal foi decidida a segunda colocação, uma vez que o panamenho Alonso Edward também completou em 19s90. Tudo isso com vento de apenas 0,3 m/s, sem qualquer interferência no resultado.
Assim, o ranking mundial da prova agora tem Gatlin com as duas melhores marcas do ano: 19s57 e 19s68. Na sequência aparecem Dwyer (com os 19s80 da semifinal do Pan), De Grasse e Edward. Quarto colocado, o cubano Roberto Skyers assume o oitavo lugar do ranking. Tivesse optado por disputar a etapa de Londres de Diamond League, o cubano teria sido o vitorioso.
Na prova feminina em Toronto, a vitória foi da adolescente norte-americana Kaylin Whitney, de apenas 17 anos, que venceu com 22s65. Diferente da disputa masculina, a feminina não foi tão forte. O pódio ainda teve Kyra Jefferson (22s72), dos EUA, e Simone Facey (22s74), da Jamaica.
O Brasil não participou de nenhuma das duas finais. O único motivo de “comemoração” é o fato de que a equatoriana Angela Tenorio, de 19 anos, não conseguiu bater o recorde sul-americano de Ana Cláudia Lemos. Nos 100m, a brasileira perdeu o posto, uma vez que a jovem foi a primeira a correr abaixo dos 11s: 10s99.
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