O Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou nesta quinta-feira (17) a retirada da medalha de bronze conquistada pelo ciclista norte-americano Lance Armstrong nos Jogos Olímpicos de Sydney, em 2000, por causa de seu envolvimento em doping. O COI explicou que enviou uma carta a Armstrong em que pediu para ele devolver a medalha. "Nós pedimos para a medalha ser devolvida", confirmou Mark Adams, porta-voz do comitê.
O conselho executivo do COI discutiu, no mês passado, a possibilidade de revogar a medalha, mas evitou tomar uma decisão até ser formalmente notificado pela União Ciclística Internacional (UCI) de que tinha retirado de Armstrong os seus sete títulos da Volta da França e todos os resultados desde 1998.
Agora que expirou o prazo para o norte-americano recorrer da decisão da UCI, o COI decidiu retirar a sua medalha. A mesma carta que foi enviada ao ciclista também foi remetida ao Comitê Olímpico dos Estados Unidos.
A oficialização da perda do bronze olímpico foi feita no mesmo dia em que irá ao ar a entrevista em que o ciclista admitiu, após anos de negativas, que usou substâncias proibidas. Mas a decisão do COI não tem relação com a confissão.
Dois meses depois de ganhar seu segundo título da Volta da França em 2000, Armstrong conquistou o bronze em Sydney na prova do contra-relógio, superado apenas pelo russo Vyacheslav Ekimov e pelo alemão Jan Ullrich.
O processo disciplinar do COI foi aberto após a Agência Antidoping dos Estados Unidos (USADA, na sigla em inglês) apresentou um relatório em que detalhava o uso de substâncias proibidas por Armstrong e seus companheiros e classificou o esquema como o "mais sofisticado programa de doping do esporte".
Na ocasião, Armstrong decidiu não se defender das acusações da USADA, mas garantiu que nunca se dopou - ele nunca deu positivo em um exame. O COI não vai distribuir o bronze conquistado pelo norte-americano, em decisão parecida com a da UCI em relação aos títulos da Volta da França que foram retirados do ciclista.
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