Há um mês morando em Curitiba depois de ser dispensada pelo Flamengo, a ginasta Daniele Hypólito, 27 anos, afirmou nesta quarta-feira (8) que vai permanecer no Centro de Excelência de Ginástica (Cegin), em Curitiba, onde foi "acolhida" há cerca de um mês. Filha de paranaenses, ela sonha em garantir vaga para a sua quinta Olimpíada - no Rio de Janeiro, em 2016. Até lá, Daniele diz que vai se dedicar aos treinamentos na capital paranaense. Ela já morou e treinou na cidade que era local de treinos da seleção brasileira permanente por seis anos e meio.
Ela e Jade Barbosa, 21, deixaram o clube fluminense em abril. "O Flamengo sempre teve uma história complicada, cheia de dívidas. Mas essa gestão não teve nem o cuidado de avaliar a história de vida de cada atleta", comentou Daniele.
A atual baixa no incentivo à ginástica olímpica, esporte que garantiu ao Brasil bons resultados em competições internacionais durante a década de 2000, também foi assunto em audiência pública sobre a Lei de Incentivo ao Esporte. A administradora do Cegin, Vicélia Florenzano, ex-presidente da Confederação Brasileira de Ginástica, afirmou que a futura lei pode abrir caminho para que o esporte se reerga.
"Tenho certeza de que [a lei estadual] será um resgate de um esporte que já foi importante no Paraná e foi se esvaziando, fomos perdendo atletas", afirmou.
Em 2011, o orçamento do Cegin sofreu um corte de R$ 437 mil em repasses anuais da entidade. O centro correu risco de fechamento - só afastado no mês seguinte com o acordo entre o Estado e o grupo privado LiveWright que garantiu cerca de R$ 400 mil por ano ao Cegin.