O brasileiro teve um final de prova impressionante para vencer os 200m livre| Foto: Rob Schumacher/USA Today Sports

Bicampeão universitário dos Estados Unidos na prova de 200 jardas livre, João de Lucca nunca havia conseguiu mostrar, nas piscinas medidas em metros, o mesmo potencial apresentado na NCCA. Nesta quarta-feira, tudo mudou. O brasileiro teve um final de prova impressionante para vencer os 200m livre nos Jogos Pan-Americanos e, depois de seis anos, derrubar um dos mais longevos recordes da natação brasileira.

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João de Lucca agora é o nono do ranking 

Exatamente no dia em que pode se isolar como recordista brasileiro em número de medalhas pan-americanas, Thiago Pereira perdeu seu único recorde nacional que não no nado medley. Foram seis anos como melhor do País, com 1min46s57, até o show de João de Lucca em Toronto.

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Afinal, o carioca, que virou em sexto a primeira metade da final do Pan, fez 100 metros impressionantes, a ponto de chegar com mais de um corpo de vantagem sobre o segundo colocado. Ganhou ouro com 1min46s42 e entrou para a história da natação brasileira. Desde a proibição dos trajes tecnológicos, exatamente ao fim da temporada 2009, só cinco recordes sul-americanos foram batidos, sendo dois por argentinos, em provas de fundo - em que o traje não influenciava tanto.

Nicolas Oliveira também fez uma grande prova. Completou a final em 1min47s81, mas terminou só no quinto lugar, por detalhes, em uma prova muito forte. A prata foi para o argentino Federico Grabich (1min47s42), seguido do norte-americano Michael Weiss (1min47s63). Os três fizeram tempos entre os 30 melhores do mundo. João de Lucca agora é o nono do ranking.

Mais recorde

Na natação feminina, o Pan segue perfeito. Se não em medalhas, pelo menos no relógio. Em quatro provas, foram quatro recordes sul-americanos batidos, ainda que isso não seja suficiente para superar as fortes equipes dos Estados Unidos e do Canadá.

Nos 200m livre, o ouro foi para Allison Schmitt, atual campeã olímpica da prova, com 1min56s23, oitavo melhor tempo do mundo. Manuella Lyrio chegou em terceiro, com 1min58s03, e baixou em um segundo e meio o antigo recorde sul-americano, que pertencia a ela mesmo, de 1min59s52. Agora, é a 30.ª do mundo.

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Larissa Oliveira, que na terça-feira nadou duas vezes abaixo do antigo recorde sul-americano dos 100m livre (na prova individual e, depois, no revezamento), não repetiu o sucesso nos 200m. Ficou em quinto, com 2min00s32.