Marcelo Oliveira, terceiro treinador que mais comandou o Coritiba na história, com 131 jogos, lamentou ontem em sua entrevista de despedida, após a demissão anunciada pela manhã, as mudanças do elenco e os constantes desfalques. Segundo ele, o excesso de modificações a cada jogo foi o grande problema da temporada, principalmente depois de perder a final da Copa do Brasil para o Palmeiras. Em sua saída, porém, optou pelo discurso politicamente correto.
Qual foi o principal fator para o desempenho abaixo do esperado do Coritiba neste Brasileiro?
A saída de alguns jogadores, seja por venda ou por contusão, prejudicou muito o time, principalmente fora de casa. Consegui repetir a escalação em apenas um jogo. O Coxa disputou muitas partidas em pouco tempo e não tem tempo de recuperar isso desgasta o time.
Como você avalia as contratações feitas pelo Coxa, algumas pedidas por você e outras trazidas pelo clube?
Não me pronunciei sobre contratação de jogadores quando era treinador e não farei isso agora.
A diretoria do Coritiba sempre te bancou e agora você está saindo. Como fica a sua relação com os dirigentes?
Tenho muito respeito pelo Vilson (Ribeiro de Andrade, presidente do clube) e tive uma boa relação de trabalho. Com o Felipe (Ximenes, superintendente de futebol) tive algumas divergências, mas que ficaram no passado.
No jogo contra a Portuguesa, o Ayrton ficou no banco e teria reclamado da sua decisão. Como você encara essa situação?
Fui eu que indiquei o Ayrton para o Coritiba e, se ele tivesse jogado contra a Portuguesa, também teria as mesmas dificuldades que o Victor Ferraz teve. Sempre incentivei os jogadores a conversarem caso algo não estivesse certo. Saio sem nenhum problema com o elenco.
O que você achou do nome do Marquinhos Santos como técnico, que será auxiliado pelo Tcheco?
Ele é um garoto novo que trará um novo discurso para o clube e, junto com o Tcheco, será uma combinação muito boa para o Coxa.