O sacrifício se jogar pouco mais de cinco minutos machucado em Vilhena, no empate do Atlético Paranaense na Copa do Brasil, podem ter custado alguns dias extras de recuperação ao atacante Marcelo. O jogador sofreu uma lesão muscular e por isso veio com o primeiro sexteto rubro-negro, na última quinta-feira. Após passar por uma ressonância magnética, o atleta aguarda o resultado e o tempo de recuperação. Todavia, o polivalente de Antônio Lopes espera não demorar a voltar.
"Fiz os exames e estou esperando o resultado. Já está melhorando, comecei a tratar, porém não dá para eu saber quanto tempo vai levar. Ninguém quer se machucar, agora tenho que me cuidar e voltar aos trabalhos o quanto antes", disse Marcelo, por telefone, à Gazeta do Povo. O jogador já vem sendo visto como o "novo Wesley" do Furacão, em referência ao fato do ex-atleticano atuar em várias posições, tornando-se um jogador mais completo e importante, tanto que o Santos não aceitou cedê-lo novamente.
A comparação não incomoda Marcelo, mas ele quer ser reconhecido pelo próprio trabalho. "Sempre procurei aproveitar o meu espaço quanto tiver as oportunidades. O professor Lopes me pede algumas coisas, procuro fazer durante os jogos e não tenho problema algum, seja jogando na ala ou no ataque, que é a minha posição de origem. Quero jogar, até na meia eu já atuei e não teria problema. Quero me recuperar o quanto antes para não perder o que já conquistei", comentou.
Embora não se saiba exatamente o grau de gravidade da lesão, dificilmente Marcelo reunirá condições para o próximo compromisso do Atlético, quarta-feira que vem, diante do lanterna Engenheiro Beltrão. Fora de combate, o atacante também aproveitará o Carnaval para tratar e descansar. "Nunca fui de sair, beber, essas coisas. Tenho uma profissão e tenho que me cuidar", finalizou. Além dele, o time não terá o volante Valencia, suspenso pela expulsão na vitória sobre o Paraná Clube.
Problemas no retorno podem custar até R$ 50 mil ao clube
Em entrevista à Rádio Banda B, o diretor de futebol do Furacão, Ocimar Bolicenho, estimou entre R$ 40 mil e R$ 50 mil o prejuízo com o qual o clube já teve de arcar graças aos problemas para o retorno da delegação de Vilhena. As fortes chuvas na região Norte e Centro-Oeste do país atrasaram a volta de todo o grupo, sendo que apenas seis pessoas (os colombianos Vanegas e Serna, Marcelo, o médico Diego Portugal, o técnico Antônio Lopes e o próprio Bolicenho) conseguiram voltar na quinta.
"Quando você vai para cidades cobertas pela Tam, que patrocina a Copa do Brasil, você não tem custos, mas Vilhena não entra neste caso, então tivemos de pagar. A própria necessidade de manter os nossos jogadores lá, e hoje em Cuiabá, gerou um gasto que não estava previsto, então não tenha dúvida que o nosso prejuízo nesta viagem foi muito grande", destacou o dirigente atleticano.
De volta a Curitiba, Ocimar Bolicenho segue trabalhando pela contratação de um lateral-esquerdo (os ex-atleticanos Jean Carlos e Fabiano foram oferecidos) e pela regularização do atacante argentino Javier Toledo. Toda a documentação do atleta já foi enviada à CBF, que ainda não publicou o nome do jogador no BID.
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