A discrepância entre o dinheiro orçado e o gasto pelo Pan é tema recorrente na candidatura brasileira à Olimpíada de 2016. Mas visto de uma maneira diferente em quem está diretamente envolvido na campanha para trazer os Jogos para o Brasil. "O Pan serviu de exemplo do que deve e não deve ser feito", diz Márcio Marques, secretário interino de alto rendimento do Ministério do Esporte, parceiro do COB no projeto.
Qual é o sentimento do Ministério quanto à possibilidade de escolha do Rio?
Estamos muito otimistas pois temos um projeto bom e exequível. O relatório nos colocou em uma situação favorável diante das concorrentes.
Está definido o projeto esportivo para o Brasil figurar bem no quadro de medalhas em 2016, caso seja escolhido?
O presidente Lula já encaminhou um pedido para que o Ministério apresente um plano para o país ter um desempenho à altura do que é hoje. Primeiro precisa haver um investimento mais organizado identificando a vocação de todas as modalidades em cada região do país. O cenário vislumbrado pós-Jogos de 2016 é que os Brasil esteja entre as dez maiores potências olímpicas.
É possível que o país tenha um avanço em resultados já em Londres-2012, como o Reino Unido conseguiu em Pequim, por exemplo?
O esforço para que o país esteja em uma situação melhor em 2012 começa com a escolha do Rio como sede para 2016, o que torna o ambiente muito mais sensível ao esporte.
Se o Rio não for escolhido, os esportes olímpicos terão espaço em um mercado voraz por investir na Copa de 2014?
Haverá um sentimento de tristeza e certamente passaremos por uma ressaca de alguns dias, algumas semanas. De maneira geral o sentimento é de que o esporte precisa avançar. Estamos em um ciclo virtuoso jamais visto, com recursos novíssimos como os oriundos Lei de Incentivo e possibilidades de investimentos jamais cogitadas.
O que tamanha discrepância entre projeto e custos, como ocorreu no Pan, e como evitar que isso se repita na Olimpíada de 2016?
Por mais que a sociedade faça críticas, para os clientes do Pan, os atletas, os Jogos foram muito bons. O Pan serviu de exemplo do que deve e não deve ser feito e é questão central para o Ministério que haja mecanismos de controle permanente de gastos que tomem decisões mais eficientes. Para o Brasil é bacana receber a Olimpíada de forma compatível com a história que o país está construindo. Se for de forma esculhambada, todo esse esforço será em vão. (ALM)
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