Falta de inteligência. Foi esse o problema detectado pelo técnico Oswaldo Alvarez e os jogadores para explicar a goleada e a primeira derrota em casa para o Botafogo em 29 anos. Segundo eles, o time não poderia ter continuado tentando de qualquer maneira o gol de empate depois da expulsão do volante Cristian, aos 28 minutos do primeiro tempo, depois de dois cartões amarelos bobos.
"Precisávamos ter tido mais inteligência naquele momento, segurar um pouco o jogo para que no intervalo o treinador pudesse corrigir a lacuna aberta. Perdemos o jogo em 10 minutos", analisou o volante Marcelo Silva.
"Quando o Cristian foi expulso perdíamos por 1 a 0 e tínhamos de cuidar com o posicionamento,
não querer agredir toda hora", acrescentou Vadão, lembrando que, ao lado de Ferreira, o volante era responsável pelo primeiro combate no meio-de-campo.
O treinador, porém, teve o cuidado de dividir responsabilidades. "Obviamente não podemos jogar tudo nas costas do Cristian. Foi aí que a equipe se desequilibrou, mas é claro que alguma coisa a mais aconteceu. Já estivemos em outras oportunidades com um a menos e mantivemos um bom nível. Vamos conversar para detectar as causas do acidente", afirmou.
Todos rebateram prontamente a hipótese de a equipe ter entrado em campo de salto alto. "Como vamos subestimar qualquer adversário sendo que ainda estamos com 27 pontos, apenas 3 acima da zona de rebaixamento. Ainda mais um time que sabíamos estar crescendo?", questionou Vadão.
"Não digo que faltou garra. Mas não jogamos com a velocidade do último jogo, no qual envolvemos o Santos no primeiro tempo. Também não tivemos qualidade no passe, até porque o Botafogo marcou bem desde a nossa saída", explicou o zagueiro Danilo.
Depois do jogo, Vadão se preocupou em evitar um abatimento excessivo dos atletas, que possa prejudicar no clássico de quarta-feira contra o Paraná, pela Sul-Americana. "Acho que tão importante quanto o resultado é a reação, porque o jogo de hoje (ontem) já foi, agora a nossa postura nas próximas partidas é o que vai determinar o tamanho da nossa força", dircursou.