Com exceção do Fluminense, que foi linear tecnicamente, sem levar grandes sustos, o Campeonato Brasileiro deste ano demonstrou que o futebol do país não mostra nada de especial. Perdeu o encanto. Os estádios receberam menor número de torcedores. Os times mais importantes ficaram devendo. O São Paulo, o grande colecionador de títulos nacionais e internacionais, decepcionou. Está no G4 superado pelo Grêmio e Atlético Mineiro. O Corinthians ganhou a Libertadores, está com a cabeça no Mundial de clubes, tem uma boa equipe, mas não brilhou no Campeonato Nacional. Santos, Palmeiras, Vasco, Cruzeiro e Flamengo: uma frustração total.
O Internacional, apontado como um dos favoritos no início, perdeu o rumo. O Botafogo contratou Seedorf. Ainda sonha com o G4; faz uma campanha irregular. Claro que o maior desastre acontece com o Palmeiras, virtualmente rebaixado para a Série B com um time de baixíssimo nível técnico. Nem Luiz Felipe Scolari, do alto do pedestal dos melhores técnicos, conseguiu operar algum milagre.
O melhor argumento para reforçar a opinião do colunista é a posição da seleção brasileira no ranking da Fifa. Com o futebol de hoje não podemos alimentar fundadas esperanças de título em 2014.
O Coritiba é o único paranaense na Série A. No currículo, duas decisões infelizes na Copa Brasil, contra o Vasco e o Palmeiras. Ainda corre um tênue risco de sobrar, difícil, é verdade, mas possível. Investiu, contratou jogadores, trocou de treinador, foi audacioso ao entregar o comando da equipe ao jovem Marquinhos Santos. Pregou muitos sustos em sua torcida.
Começa 2013 com dois alentos para a massa alviverde. Promete obras físicas importantes para o Couto Pereira e já incorporou ao elenco o meia Alex, nome internacional que o Coritiba revelou. Aquisição que corporifica uma história de vitórias e conquistas memoráveis.
Importante destacar que o Coritiba soube administrar dívidas herdadas de gestões anteriores, consolidou os débitos e está honrando os compromissos assumidos.
Série B
O Paraná fez o esperado nesta temporada. Voltou à Primeira Divisão estadual depois de provocar tremores na torcida. Fica na B com dignidade, embora ainda viva os graves problemas financeiros, também por culpa da política injusta adotada pela CBF na distribuição de recursos financeiros.
Quem pode voltar é o Atlético. Pelos erros graves que cometeu no início do ano, embalou quando as esperanças de acesso eram muito pequenas. Tem a sorte de depender apenas dos seus esforços e superar Criciúma e Paraná Clube, missão perfeitamente alcançável.
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