Alviverdes
Coxa no STJD
Leandro Donizete e Davi foram julgados ontem pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), no Rio, e estão liberados para enfrentar o Atlético-MG, domingo, no Couto Pereira. O volante, expulso na 11ª rodada, contra o Bahia, pegou uma partida de suspensão já cumprida e será mantido como titular. Já o meia, por outro lado, foi absolvido do cartão vermelho que recebeu na rodada seguinte, diante do São Paulo, mas deve ficar de fora da partida por causa de dores no púbis.
A queda brusca de rendimento registrada pelo Coritiba após o dia 8 de junho data da decisão da Copa do Brasil é considerada normal pela diretoria coxa-branca. Embora o atual aproveitamento da equipe seja 42% menor do que o anotado até o ápice da temporada, o clube garante que o planejamento traçado no início do ano segue intacto. E a instabilidade é vista como passageira.
Um dado reforça a confiança da administração alviverde no elenco e mostra que o início de ano avassalador foi levado em consideração para o restante de 2011: a baixa movimentação no mercado. Entre os clubes da Série A, o Coritiba foi o que menos trouxe reforços.
Depois da Copa do Brasil, apenas dois atletas desembarcaram no Alto da Glória: o volante Gil (ex-Ponte Preta) e o atacante Caio Vinícius (Al Sharjah-EAU), que nem sequer foi utilizado ainda.
Antes disso, o meia Éverton Costa (Caxias) e Willian Leandro (Corinthians-PR) também foram contratados para compor o grupo campeão estadual e recordista nacional de vitórias consecutivas. O mesmo Vasco que tirou do Coxa a vaga na Libertadores, por exemplo, negociou a vinda de seis novos atletas incluindo o retorno do meia Juninho Pernambucano.
"Não adianta trazer jogadores que não têm espírito de grupo, como aconteceu em 2009 [ano do rebaixamento], com nomes que prefiro nem citar. Hoje temos um elenco comprometido com o projeto", cita o vice-presidente Vilson Ribeiro de Andrade. Segundo ele, o grupo está praticamente fechado, salvo alguma necessidade pontual.
A diretoria crê na recuperação deste mesmo elenco, e a campanha modesta no Nacional, por enquanto, tem justificativa. "É natural, tecnicamente e fisicamente, um declínio. Não vejo isso como preocupação", declara Ernesto Pedroso, membro do conselho administrativo alviverde. "Não é que o Coritiba vai evoluir. Temos tido bom rendimento. Precisamos encaixar uma sequência. E, pelo nosso histórico, temos essa tranquilidade. A queda foi normal", concorda Andrade, reforçando que o clube ainda tem o melhor aproveitamento do Brasil na temporada e somente nove derrotas durante o ano.
A sequência de lesões é apontada como o principal fator responsável por apenas 40% de aproveitamento no Brasileiro.
Mas o prazo de validade para a recuperação está se esgotando. "Precisamos estar antenados, ligados, porque temos uma dificuldade muito grande em um campeonato tão disputado como o Brasileiro", diz Pedroso. "Não podemos mais correr riscos. Chegou um momento que temos de botar a bola para dentro, não tem mais outra explicação a não ser encaixarmos [as vitórias]", completa.
O técnico Marcelo Oliveira, na mesma linha, tenta atenuar o momento de baixa. "Temos de arrancar de vez. Estamos adiando muito isso, o que é perigoso", admite o treinador, referindo-se à proximidade da zona de rebaixamento cinco pontos de distância para o 17.º colocado Atlético-GO. "Ninguém está satisfeito [com os resultados]. Apesar da produção boa, não estamos pontuando. Exaltamos essa produção, mas é imperdoável a gente não concretizar em alguns momentos, por equívoco ou infelicidades."