Jogadores treinam no CT da Graciosa: grupo conta com a confiança do clube| Foto: Daniel Castellano / Gazeta do Povo

Alviverdes

Coxa no STJD

Leandro Donizete e Davi foram julgados ontem pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), no Rio, e estão liberados para enfrentar o Atlético-MG, domingo, no Couto Pereira. O volante, expulso na 11ª rodada, contra o Bahia, pegou uma partida de suspensão – já cumprida – e será mantido como titular. Já o meia, por outro lado, foi absolvido do cartão vermelho que recebeu na rodada seguinte, diante do São Paulo, mas deve ficar de fora da partida por causa de dores no púbis.

CARREGANDO :)

A queda brusca de rendimento registrada pelo Coritiba após o dia 8 de junho – data da decisão da Copa do Brasil – é considerada normal pela diretoria coxa-branca. Embora o atual aproveitamento da equipe seja 42% menor do que o anotado até o ápice da temporada, o clube ga­­rante que o planejamento traçado no início do ano segue intacto. E a instabilidade é vista como passageira.

Publicidade

Um dado reforça a confiança da administração alviverde no elenco e mostra que o início de ano avassalador foi levado em consideração para o restante de 2011: a baixa movimentação no mercado. Entre os clubes da Série A, o Coritiba foi o que me­­nos trouxe reforços.

Depois da Copa do Brasil, ape­­nas dois atletas desembarcaram no Alto da Glória: o volante Gil (ex-Ponte Preta) e o atacante Caio Vinícius (Al Sharjah-EAU), que nem sequer foi utilizado ainda.

Antes disso, o meia Éverton Costa (Caxias) e Willian Leandro (Corinthians-PR) também foram contratados para compor o grupo campeão estadual e recordista nacional de vitórias consecutivas. O mesmo Vasco que tirou do Coxa a vaga na Libertadores, por exemplo, negociou a vinda de seis novos atletas – incluindo o retorno do meia Juninho Per­­nambucano.

"Não adianta trazer jogadores que não têm espírito de grupo, como aconteceu em 2009 [ano do rebaixamento], com nomes que prefiro nem citar. Hoje te­­mos um elenco comprometido com o projeto", cita o vice-presidente Vil­­son Ribeiro de Andrade. Se­­gundo ele, o grupo está praticamente fechado, salvo alguma necessidade pontual.

A diretoria crê na recuperação deste mesmo elenco, e a campanha modesta no Nacional, por enquanto, tem justificativa. "É natural, tecnicamente e fisicamente, um declínio. Não vejo isso como preocupação", declara Ernesto Pedroso, membro do conselho administrativo alviverde. "Não é que o Coritiba vai evoluir. Temos tido bom rendimento. Precisamos encaixar uma sequência. E, pelo nosso histórico, temos essa tranquilidade. A queda foi normal", concorda Andra­de, reforçando que o clube ainda tem o melhor aproveitamento do Brasil na temporada e somente nove derrotas durante o ano.

Publicidade

A sequência de lesões é apontada como o principal fator responsável por apenas 40% de aproveitamento no Brasileiro.

Mas o prazo de validade para a recuperação está se esgotando. "Precisamos estar antenados, ligados, porque temos uma dificuldade muito grande em um campeonato tão disputado como o Brasileiro", diz Pedroso. "Não podemos mais correr riscos. Che­gou um momento que temos de botar a bola para dentro, não tem mais outra explicação a não ser encaixarmos [as vitórias]", completa.

O técnico Marcelo Oliveira, na mesma linha, tenta atenuar o momento de baixa. "Temos de arrancar de vez. Estamos adiando muito isso, o que é perigoso", admite o treinador, referindo-se à proximidade da zona de rebaixamento – cinco pontos de distância para o 17.º colocado Atlé­tico-GO. "Ninguém está satisfeito [com os resultados]. Apesar da produção boa, não estamos pontuando. Exaltamos essa produção, mas é imperdoável a gen­te não concretizar em al­­guns mo­­mentos, por equívoco ou infelicidades."