Ducci, Malucelli e Pessuti durante a cerimônia de assinatura do contrato entre prefeitura, governo estadual e Atlético| Foto: Albari Rosa / Gazeta do Povo

Pessuti agora nega problema

A prefeitura reafirmou que não há pro­­blemas com a construção da Are­­na em cima do Rio Água Verde. Como ele já está canalizado quando passa embaixo das arquibancadas da Getúlio Vargas, não haveria necessidade do recuo de 10 m do estádio, como chegou a afirmar o governador Orlando Pessuti à Gazeta – Ontem ele também mudou o discurso. "Ele é retificado. Está totalmente canalizado e as exigências são diferentes", afirmou a secretária de urbanismo Soely Hass. A única necessidade seria com a altura da arquibancada, para o caso de obras no local, o que está de acordo. Já as de­­sapropriações em volta do estádio seguem indefinidas. A prefeitura aguarda o projeto do es­­­­tádio para definir como agirá.

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O repasse de R$ 90 milhões em potencial construtivo para o Atlé­­tico não deverá ter efeito colateral na construção civil, segundo a prefeitura de Curi­­ti­­ba. De acordo com os críticos da proposta, o derramamento dos tí­­tulos faria com que houvesse deságio, o que poderia prejudicar, por exemplo, programas para a construção de casas populares e creches.

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"Nós temos vários programas utilizando o potencial construtivo. Os de áreas verdes, do patrimônio histórico, de desapropriação, de fundo de habitação... E tudo continua. O volume (de oferta de potencial construtivo) é muito grande", afirmou a secretária do Urbanismo Soely Hass. "Esse (para a Copa) é ape­­nas mais um potencial que vai ser diluído no mercado."

De acordo com a secretária, o total do potencial criado para finalizar a Arena não corresponderia a 20% do total disponível atualmente. Como ele será lançado gradati­va­­mente, o impacto seria ainda me­­­­nor. Os papéis devem ser liberados anualmente no valor das parcelas para pagamento do empréstimo que deverá ser feito no Fundo de Desenvolvimento Econômico. De acordo com proposta do Comitê Estadual da Copa, seriam cerca de R$ 5,5 milhões anuais em títulos por um período de 16 anos, a contar da carência de quatro anos.

O potencial construtivo criado para a Copa é tratado como especial e terá um valor fixo corrigido anualmente. Serviria de regulador do mercado, fazendo o valor do restante dos potenciais se adequarem a ele. A utilização desta classe é feita, principalmente, em cons­tru­ções comerciais, para usufruir da máxima área permitida pela lei de zoneamento do local da obra. Essa segmentação é feita pela legisla­ção do município, que não será al­­terada. Nela, por exemplo, no uso habitacional pode ser utilizado qualquer tipo de potencial. Já no comercial, só especial.