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Um jogo disputado, com boas oportunidades para os dois lados, mas que teve como resultado um empate injusto. As impressões e atenções dos mais de 17 mil torcedores que assistiram à partida entre Paraná e Santos não ficaram nas jogadas e nos gols marcados, mas sim, de forma infeliz, em cima do árbitro Antônio Hora Filho, que prejudicou o time da casa no 2.º tempo de forma decisiva. Com o 1 a 1, o Tricolor acabou perdendo a vice-liderança do Brasileirão, mas demonstrou um futebol de gente grande, e que merecia uma melhor sorte. Para o Santos, restou comemorar o empate e creditar ao gramado ruim do Pinheirão uma atuação apenas regular.

Com o resultado de Curitiba, e as vitórias de Internacional e Fluminense, o Tricolor paranaense caiu para a 4.ª colocação, mas segue na zona dos classificados para a Libertadores do ano que vem. Na próxima rodada, o Paraná enfrenta o São Caetano no Pinheirão, tentando se aproximar do líder São Paulo. Já o Santos enfrenta o Cruzeiro na Vila Belmiro.

Fortes emoções na 1.ª etapa

O jogo começou movimentando, com uma chance para cada lado nos primeiros 5 minutos. Porém, o Santos foi mais competente e abriu o placar no Pinheirão. Em um contra-ataque rápido, o atacante Wellington Paulista, ex-Paraná, ganhou facilmente na corrida com a zaga tricolor, entrou na área e bateu cruzado, deixando os visitantes em vantagem. Apesar do gol, o Tricolor não se abateu e 1 minuto depois quase empatou. Em cobrança de escanteio, Leonardo subiu sozinho e cabeceou para o gol santista, mas Wendel salvou em cima da linha.

A pressão paranista prosseguiu e aos 14 minutos veio a igualdade. Edinho e Maicossuel tabelaram na grande área em jogada envolvente, e o meia-atacante tocou por baixo de Fábio Costa. Até os 25 minutos o Tricolor continuou em cima dos paulistas, tentando o gol da virada. Porém, a zaga paranista mostrava-se insegura, começando pelo goleiro Marcos Leandro, que soltou a bola em dois lances e por pouco o Santos não aproveitou. Além disso, os 3 zagueiros bateram cabeça o tempo todo, marcando em linha em boa parte da partida.

No intervalo, o técnico do Paraná Caio Júnior definia bem o porquê do Tricolor não sair vencendo na 1.ª etapa. "Estamos perdendo a segunda bola o tempo todo para o Santos. Dessa forma eles estão nos pressionando nesse final do 1.º tempo", resumiu, de forma consciente, o treinador paranista.

Apesar do jogo equilibrado, o Paraná acaba "operado"

Na volta para o 2.º tempo, o Tricolor começa buscando o segundo gol desde o princípio. Porém, a equipe errava muitos passes, uma tônica durante todo o jogo. Já o Santos, com a entrada de Rodrigo Tabata no lugar de André no meio-campo, buscava os contra-ataques, mas demonstrava uma certa acomodação, satisfeito com o empate fora de casa.

A etapa complementar também marcou os erros da arbitragem. Até os 22 minutos, a partida seguia equilibrada, mas muito truncada e de forte marcação. Foi então que o atacante Leonardo, em jogada individual, encontrou Maicossuel, livre na ponta esquerda. O meia tocou para o fundo das redes, mas o árbitro sergipano Antônio Hora Filho anulou de forma equivocada o gol paranista. A equipe paranaense, mesmo prejudicada, não desistiu de tentar virar o marcador, mas não conseguiu. Quando Vanderlei Luxemburgo tirou o zagueiro Ronaldo para a entrada de Rodrigo Tiuí, Caio Júnior logo trocou Sandro, que jogou com febre, por Zumbi.

Ao fim da partida, a pressão tricolor não surtiu em gol, pela falta de oportunismo dos atacantes, mas também por influência do árbitro mais uma vez, que deixou de marcar faltas claras próximas à área santista. Acomodado, o Santos ainda teve uma última oportunidade com Rodrigo Tiuí, que se chocou com Marcos Leandro e pediu pênalti. No final, o empate prosseguiu. Pior para o Paraná.

Confira os detalhes da partida no lance a lance da GPol

Pós-jogo: Apesar da influência do árbitro, paranistas consideram resultado justo

Veja as imagens do empate entre Paraná e Santos no Pinheirão

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