O presidente da Futpar - Associação das Entidades de Prática de Futebol Profissional do Estado do Paraná Luiz Linhares, disse, em entrevista à Gazeta do Povo, que os clubes do interior vão se mobilizar para pedir isonomia no projeto de lei de autoria do deputado estadual Reinhold Stephanes Júnior (PMDB) que autoriza a Copel a firmar contrato de naming rights nos estádios de Atlético, Coritiba e Paraná.
De acordo com o dirigente, que também comanda o futebol do Engenheiro Beltrão, clube rebaixado à Divisão de Acesso no Paranaense deste ano, os demais clubes também teriam direito a algum tipo do benefício, pois a Companhia Paranaense de Energia é controlada pelo Governo do Paraná e, por isso, deveria incentivar o esporte em todo o estado. "O projeto é muito bom, mas por que tem de incentivar somente Coritiba, Atlético, Paraná e o Operário?", questiona o presidente da Futpar.
O Operário não estava incluso no projeto original, mas uma emenda do deputado Jocelito Canto (PTB) colocou o Fantasma na rota de patrocínios.
Segundo Linhares, a intenção é mobilizar os filiados da associação do interior do estado. "Claro, temos de respeitar o potencial de cada um. Não dá pra ter o incentivo no mesmo valor dos grandes, mas alguma coisa precisa ser repassada, inclusive para outras modalidades esportivas. A luz da Copel tem de ser para todos", diz o dirigente.
Além do naming rights, o projeto de lei prevê que o dinheiro proveniente do patrocínio deverá ser aplicado na adequação dos estádios às exigências da Fifa e do Estatuto do Torcedor. "Se é para adequar ao Estatuto do Torcedor, todos os clubes têm direito ao benefício", argumenta Linhares. De acordo, com Stephanes Júnior, autor do projeto, até R$45 milhões podem sair da Copel para os patrocínios.
Mesmo aprovado, por 8 votos a 1, pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembléia Legislativa do Paraná, o projeto precisa ser passar internamente pela Copel, pois trata-se uma empresa de economia mista.