A Ordem dos Advogados do Brasil também está contra o presidente licenciado do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, Luiz Zveiter. O presidente da OAB, Roberto Busato, voltou a pedir, nesta segunda-feira, que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) priorize o julgamento da representação contra Zveiter, previsto para esta sexta-feira. Zveiter, que é desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, é acusado de acumular esta função com a exercida no STJD, uma entidade privada.

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"A garantia que se dá de impedir que o magistrado pratique outros atos é, exatamente, para haver aquele equilíbrio que tem que ter perante a sociedade, porque ele julga os fatos sociais que acontecem na sua comunidade. E o desembargador Zveiter ficou totalmente exposto. A sua exposição com essa liminar determinando a anulação dos jogos foi totalmente absurda", disse Busato, em entrevista à rádio OAB.

Para Busato, a situação de Zveiter piorou após a anulação dos 11 jogos do Brasileiro. Segundo o presidente da OAB, Zveiter errou ao tomar a decisão através de liminar.

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"O presidente do STJD chamou a si a total responsabilidade pelos fatos ocorridos e deve ser responsabilizado também pelo seu ato de desqualificar o seu próprio Tribunal e, em sede de liminar, ter determinado um acontecimento inédito, violento, que deixou revoltada a torcida brasileira de diversos clubes em todo o Brasil", acrescentou Busato, lembrando das cenas de violência no clássico Santos x Corinthians.

Com o pedido de licença de Zveiter da Presidência do STJD, assumiu interinamente o vice da entidade, Nelson Tomaz Braga, que é também desembargador, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) do Rio de Janeiro. Busato estuda uma representação contra Tomaz Braga ao Conselho Nacional de Justiça, também por acumulação indevida de funções.

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