O presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Luiz Zveiter, pediu licença do cargo no final da tarde desta sexta-feira. O desembarcador Nelson Tomas Braga vai assumir, de forma interina, a presidência do Tribunal.
A saída de Zveiter é uma estratégia para tentar acabar com a confusão que se instalou na competição. O presidente do STJD também quer se poupar das críticas que vem recebendo por ter anulado os 11 jogos apitados por Edilson Pereira de Carvalho, acusado de manipular resultados da Série A do Campeonato Brasileiro. Principalmente porque elas aumentaram após as confusões nos jogos remarcados pelo Tribunal. Vasco x Figueirense, Juventude x Fluminense e Santos x Corinthians tiveram sérios erros de arbitragem, gerando revolta nos clubes.
A assessoria de imprensa do STJD ainda vai emitir uma nota oficial sobre o caso dando uma versão oficial para o pedido de licença. A mais provável é de que Luiz Zveiter está problemas para conciliar o cargo com sua função de desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
Zveiter estava enfrentando um processo administrativo no Conselho Nacional de Justiça, órgão do Poder Judiciário, por acumular a função de presidente do STJD e de desembargador do Tribunal de Justiça do Rio. Segundo a Constituição, a única função que um magistrado pode exercer além de julgar é a de professor. O CNJ contesta o fato de Zveiter ocupar um cargo público e acumular função em uma entidade privada. O STJD é independente da CBF, mas tem seus custos pagos pela entidade.
Além disso, nesta sexta-feira, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) fez duras críticas a Zveiter, o responsabilizando pelo quadro de confusão e violência no futebol brasileiro.
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