Sonhos de verão
Veja como foi o desempenho nas outras candidaturas do Brasil:
Rio-1940
Disputou com outras 13 cidades e a vencedora foi Tóquio. A edição, porém, não ocorreu por causa da Segunda Guerra Mundial.
Brasília-2000
Em 1993, disputou com Pequim, Berlim, Istambul, Manchester, Sydney e Milão. Desistiu durante o processo seletivo. Sydney venceu.
Rio-2004
O COI divide o processo de seleção em duas etapas, pelo alto número de inscritos: 11 cidades. O Rio foi eliminado na primeira fase. A eleita foi Atenas.
Rio-2012
Vence disputa interna com São Paulo em 2003. Eliminado na primeira fase, o Rio recebe as piores notas em segurança e transporte. Londres leva.
Rio-2016
Primeira vez que o Rio sobrevive à etapa inicial de seleção, mesmo com menos apoio popular que nas duas tentativas anteriores.
Em 2014, Copa do Mundo. Em 2016, Jogos Olímpicos. Durante dois anos, todos os olhos esportivos voltados para o Brasil. Tanta atenção, porém, desperta a dúvida no Comitê de Análise do COI sobre a capacidade do país e principalmente do Rio em angariar patrocínios suficientes para a Olimpíada.
O receio do grupo avaliador é de que a Copa do Mundo, dois anos antes, fique com a maior parte dos investimentos. Já a previsão do Comitê Organizador brasileiro é de somar em torno de R$ 1,1 bilhão em patrocínios locais para os Jogos.
O Rio-2016 não terá dificuldades em garantir as cotas de patrocínio, apostam os especialistas de Marketing Esportivo consultados pela Gazeta do Povo. "Esses grandes eventos costumam ter contratos de exclusividade. Se um banco fecha uma cota com a Copa de 2014, por exemplo, outros bancos vão brigar para apoiar a Olimpíada. Há espaço para muita gente", diz Eric Betting, diretor do site Máquina do Esporte.
Os atletas brasileiros, aponta Betting, também receberão maior apoio financeiro de empresas que querem expor sua marca na Olimpíada. Os maiores contratos, no entanto, serão fechados somente às vésperas da competição. "O fator país-sede não vai interferir muito. Infelizmente, vai se repetir a cultura de não ter um planejamento a longo prazo, de quatro ou cinco anos em um atleta ou modalidade", diz.
Se as previsões são promissoras sobre os investimentos em esportes no Brasil com a vinda dos dois eventos, o quadro não será tão positivo caso o Rio perca a concorrência para receber os Jogos. Nesse caso, o grande beneficiado será o futebol.
"As empresas terão duas linhas estratégicas a seguir: uma é a que, se hoje 67% dos investimentos esportivos no Brasil são em futebol, esse desequilíbrio tenderá a aumentar. A segunda via seria fugir da guerra e colocar as fichas em outra área, não a esportiva", avalia o gerente de marketing da Informídia Pesquisas Esportivas, Rafael Plastina.
Já o Comitê do Rio-2016 afirma que a realização da Copa do Mundo será benéfica para os Jogos, que aproveitará as melhorias feitas no Maracanã e em outras instalações para o Mundial de futebol. (AB e ALM)
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