No impasse entre Santos e Robinho, o jogador parece ter o apoio da maior parte dos profissionais do futebol. Entrevistados pelo site Globoesporte.com, dois treinadores de clubes da Série A e um ex-companheiro de Robinho na Vila Belmiro defenderam a saída do atacante do clube paulista. Já o presidente em exercício do Flamengo, Arthur Rocha, criticou a CBF.
O goleiro Fábio Costa, campeão brasileiro de 2002 pelo Santos ao lado de Robinho, defendeu o direito do jogador de escolher qual clube quer defender.
- Admiro muito o Robinho. Não dá para entender a reação do Santos. A Lei Pelé dá ao jogador o direito de escolher aonde quer jogar, respeitando-se as determinações contratuais. Ele tem de seguir a vida dele, até porque quando o clube não está satisfeito com o jogador, manda embora mesmo. Vi alguns torcedores chamando o Robinho de mercenário e acho isso uma idiotice, assim como esse movimento "Vaza, Robinho". Achincalhar o principal jogador que apareceu nos últimos dez anos não é certo. Se os caras que xingam o Robinho de mercenário recebessem uma proposta para mudar de emprego, eles não iriam?
O treinador Leão, que ajudou no desenvolvimento do jogador quando dirigiu o Santos, afirma que a saída do jogador do país se tornou "inevitável".
- Somos uma fábrica de jogadores de futebol talentosos. Infelizmente, os treinadores no Brasil acostumaram-se a trabalhar como em pontas de estoque. Mas no nosso caso a ponta de estoque é tão boa que logo se torna um artigo de luxo. É o caso do Robinho.
O técnico do Vasco, Renato Gaúcho, saiu em defesa do atacante. Renato atuou na Europa, no Roma (Itália), e não foi muito feliz por lá. Mas lembra que os jogadores têm o direito de decidir aonde querem trabalhar.
- Não conheço o contrato do Robinho com o Santos. Por isso, não posso falar se ele está agindo certo ou não. Mas acho que ele tem o direito de querer jogar na Europa. Poxa, se o Pelé, o Zico, o Romário, o Ronaldinho, tudo mundo foi para o exterior, por que Robinho não pode ir? E estão querendo pagar é muito dinheiro. Não sei se ele ficar, vai jogar com a alegria de antes - disse o treinador vascaíno.
Arthur Rocha voltou as baterias contra a interferência da CBF.
- A CBF não tem que se meter nessa história. Os direitos economicos são regidos por outra lei. Existe uma cláusula penal no contrato que diz que o Santos deve receber US$ 50 milhões pelo Robinho e está certo de cobrá-la. O combinado não é nem caro nem barato. Se está no contrato é para ser cumprido.
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