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Nem mesmo o fato de ter o seu mérito reconhecido de forma praticamente unânime livra o Programa Bolsa-Atleta das críticas e questionamentos. Para Fábio Aguayo, superintendente do Sindicato dos Atletas Profissionais do Estado do Paraná (Sindiatleta), deveria ser permitido o acúmulo de benefícios pequenos. "Se uma associação de moradores quiser ajudar o representante do bairro em uma competição, não vai poder dar dinheiro, pois quem participa do Bolsa-Atleta não pode receber", protesta.

O curitibano Sérgio Mevzomo, de 17 anos, lutador de tae kwon do que já foi campeão latino-americano juvenil na categoria até 68 quilos, não pôde se inscrever por receber semestralmente uma ajuda da Prefeitura de Curitiba, proveniente da Lei Municipal de Incentivo ao Esporte. "Poderia ser melhor", diz Mevzomo, referindo-se às regras do programa.

Daniely Coelho, de 16 anos, campeã paranaense mirim no salto em altura, não conseguiu renovar o seu benefício porque não competiu em 2006 em jogos estudantis organizados pelo Ministério do Esporte, como exige o regulamento para as bolsas da categoria estudantil. Ela só participou de competições organizadas por confederações. "Acho que as provas de nível nacional, como o Brasileiro de Menores, também deveria valer como critério de seleção na categoria estudantil", reclama Ademir Nicola Francisco, treinador de Daniely.

A lista divulgada há dez dias também apresenta contradições, como a confirmação da concessão de bolsas para atletas aposentados. A ala Janeth Arcain, do basquete, e Karen Goes, do squash, se inscreveram no programa no início do ano, antes do adeus às quadras.

Tendo em vista que o regulamento do programa não permite que seus beneficiários recebam dinheiro de outra fonte, como de clubes, causa estranheza também a presença na relação de algumas jogadoras da seleção feminina de futebol, como Renata Costa e Daniela Alves. (FM)

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