Quem assistiu ao clássico entre Coritiba e Paraná, no estádio Gigante do Itiberê, em Paranaguá, percebeu uma clara mudança de postura nos jogadores do Tricolor. O nervosismo e o moral baixo, resultado de seis partidas sem vitórias, deram lugar a uma equipe muito mais confiante dentro de campo. O novo clima foi fundamental para que o time conseguisse chegar à terceira vitória no Campeonato Paranaense e inaugurar uma nova fase na temporada.
A mudança de ares na Vila Capanema teve, além de muito trabalho da comissão técnica, uma ajuda que extrapola o gramado. Um dia antes do confronto com o Alviverde, o psicólogo especializado em esportes, Gilberto Gaertner, teve dois encontros com o elenco para tentar entender qual os motivos que levaram a equipe a uma sequência ruim. E o resultado foi o melhor possível.
"O Paraná não vinha tão mal. Foram apenas duas derrotas. O problema acontecia principalmente na hora da finalização, por causa da ansiedade", explicou, por telefone à Gazeta do Povo. "Não haveria melhor oportunidade para mostrar que o grupo tem capacidade e potencial do que contra o líder. Nosso trabalho foi acordar aquilo que já estava ali", completou.
Segundo o psicólogo, o grupo paranista foi muito receptivo e participativo ao trabalho. Em conjunto com a comissão técnica, em curtíssimo prazo, conseguiram alcançar o resultado esperado. "É um grupo muito bom. Deu para ver que eles tinham muita vontade de acertar e, por causa disso, estavam sentindo muita pressão e errando", revelou Gaertner, que fez questão de também elogiar muito todos os integrantes do futebol paranista.
Para a partida diante do Cerâmica, amanhã, pela Copa do Brasil, Gaertner continuará o trabalho mcom Tricolor. Mesmo tendo garantido uma grande vitória no clássico, de acordo com o psicólogo, esse foi apenas o primeiro passo de uma longa caminhada. "O mais difícil ainda está por vir. Se usamos 100% do potencial contra o Coritiba, temos de usar 110% contra o Cerâmica e assim por diante".
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