Jogadores do Paraná conversam antes do último treino para o jogo com o Paranavaí| Foto: Hedeson Alves / Gazeta do Povo

Palco do título anima o ACP

Assim como o Paraná, o Para­­na­­vaí não vive um bom momento. Apesar de já ter somado seis pontos, as duas últimas partidas foram negativas para o time do Noroeste, que perdeu para Cia­­norte e Corinthians-PR. Agora o Vermelhinho busca a primeira vitória fora de casa, justamente no palco onde sagrou-se campeão estadual em 2007. "Espero poder fazer uma boa partida e consequentemente uma vitória. Sabemos da dificuldade e que o Paraná vai encaixar um padrão em algum momento. Só espero que não seja contra a gente", disse o técnico Rogério Perrô.

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Kelvin volta

Depois de muitas especulações, o atacante Kelvin, 17 anos, voltou a aparecer na Vila. Ele não foi para o campo e ficou ontem apenas em uma das salas de musculação. O jogador vai ficar no Paraná até o meio do ano e depois se transferir para o Porto. "O Paraná vai ganhar muito com a volta dele", disse Cavalo.

Veja o pior e o atual início paranista até agora
Gazeta perguntou para repórteres que cobrem o Paraná se esse é o pior time da história
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O Paraná pode atingir hoje, às 19h30, contra o Paranavaí, uma marca histórica. Infelizmente aos tricolores, a façanha é negativa. Caso não vença o Vermelhinho na Vila Capanema, o Tricolor vai selar o pior início de Paranaense em toda a história do clube.

Até aqui, com quatro derrotas e apenas um empate, a campanha paranista se compara a registrada em 2004 (ver tabela). Naquele ano, o time conseguiu a primeira vitória na 6.ª rodada, diante do Rio Branco, no Pinheirão.

Para escapar do rebaixamento no Estadual, a equipe montada há sete anos teve de disputar o chamado "Torneio da Morte". São péssimas lembranças que não deixam saudades e que o torcedor espera que não se repitam.

Mas os números ruins são apenas um reflexo da crise que atinge o clube dentro e fora de campo.

Apesar do mau momento, o técnico Roberto Cavalo quer que os jogadores tentem colocar os nervos no lugar na partida desta noite. "Somos lanternas da competição e estamos com uma marca muito ruim na história do Paraná. A falta de vitória abala muito o psicológico do jogador. Hoje, desde o goleiro até o nosso número 18, existe nervosismo, ansiedade e falta de confiança", diz.

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Justamente a insegurança em campo pode custar a vaga de atletas no time titular. O goleiro Luís Carlos faz parte do grupo dos ameaçados. Segundo o treinador, ele é um dos jogadores mais "desgastados psicologicamente".

Sob o clima de tensão, as mu­­danças não ocorrem apenas na equipe titular, mas em todo o elenco. Cavalo confirmou que três dos quatro zagueiros contratados no início da temporada não fazem mais parte de seus planos: Onildo, Wellington e Carlinhos.

Em meio às alterações anunciadas, treinador e diretoria entraram em conflito. Pelo desfalque no sistema defensivo, um dos zagueiros da base, Diego, foi chamado para treinar com o elenco principal, mas sem a aprovação do treinador.

Após a atividade de ontem, Cavalo fez questão de expressar sua irritação. "Ele já havia sido avaliado e não foi aprovado. Hoje [ontem], o atleta chegou aqui e já foi se fardar sem eu ter conhecimento. Acho até falta de ética o jogador treinar sem o técnico saber".

"Acho que não é por aí o caminho, mas já deixei bem claro para o Paulo [César Silva, vice de futebol] e para o Tonet [Fernando, coordenador das categorias de base]. Isso não vai mais acontecer, porque, desse jeito, estamos perdendo para nós mesmos", arrematou Cavalo.

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Ao vivo

Paraná x Paranavaí, às 19h30, na Rádio 98 FM (98,9) e no tempo real da Gazeta do Povo.

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Curitiba, 19h30

Paraná

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Luís Carlos (Jociel Henrique); Paulo Henrique, Rafael Vaz, Borges e Henrique; Javier Méndez, Alan, Marquinhos (Vinícius) e Taianan; Renato e Tito.

Técnico: Roberto Cavalo

Paranavaí

Ednaldo; Jean, Jaime, Alison e Márcio; Edson, Roberto, Davi e Tatico; Edenílson e Pequi.

Técnico: Rogério Perrô

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Estádio: Vila Capanema. Árbitro: Fabio Filipus. Auxs.: João Fábio Machado Brischiliari e Sandra Maria Dawies.