O time do Coritiba estava claramente travado na derrota para o Figueirense e se espera o reencontro com a bola frente ao Internacional. O extraordinário esforço para tentar reverter a vantagem adquirida pelo Grêmio no jogo da Sul-Americana foi desgastante para o elenco que já vinha sobrecarregado pelas árduas campanhas no Estadual – decisão nos pênaltis – e na Copa do Brasil – mais um título perdido em casa. Além do esgotamento físico, os resultados frustrantes diante de Palmeiras e Grêmio abalaram psicologicamente o grupo e aí é que entra o técnico Marcelo Oliveira com a sua experiência e conhecimento da alma do atleta.

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Não adianta dar bronca, chutar o balde ou bater a porta como faz a maioria dos dirigentes e até mesmo alguns treinadores na tentativa de sensibilizar os jogadores. O caminho não é esse e Marcelo Oliveira sabe do que estou falando, pois no mundo do futebol existem alguns códigos entre os profissionais que, obrigatoriamente, devem ser preservados e um dos mais caros diz respeito à lealdade nos maus momentos.

Jogador não gosta de tapinha nas costas no dia da vitória e babada no dia da derrota. No sistema de sinais, gestos e atitudes do futebol, nenhum jogador gosta de ser tratado como criança. Até existem jogadores menos preparados que se iludem com os aplausos e a paparicação, mas eles desmontam quando vem a cobrança mais dura. O jogador é exigido desde o primeiro dia em que calça as chuteiras, vivendo em um mundo à parte como se fossem gladiadores que ouvem dos vestiários o clamor do público que tanto pode ser de aplauso quanto de vaia, dependendo do resultado.

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É com esse espírito para encarar situações favoráveis e adversas com equilíbrio que o jogador é condicionado para a carreira e, por isso mesmo, ele mantem ao final das partidas uma atitude que muitos torcedores não compreendem: "O jogo de hoje foi difícil, mas domingo tem mais e vamos para a luta".

Fazendo conta

Todo jogador gostaria de ser Pelé e todo artilheiro sonha com o milésimo gol.

Como Romário, que chegou aos trancos e barrancos ao gol mil, jogando nos últimos meses da carreira praticamente em baixo da trave para fechar a soma, Túlio anda fazendo conta para chegar lá.

Só que Pelé alcançou o recorde de 1.281 gols, além da marca de 1.363 jogos como profissional.

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Existem divergências entre os números do Rei com Arthur Friedenreich – filho de um alemão e de uma brasileira negra – que jogou no futebol paulista entre a década de 1910 e 1930 do século passado. El Tigre teria feito mais de 1.300 gols no amadorismo.

Segundo a Fifa, os maiores goleadores foram Pelé e Romário, seguidos por Zico (com 815), Roberto Dinamite (748), o argentino Di Stéfano (712) e o húngaro Puskas (689). Túlio estaria com 993 tentos, mas há controvérsias.