Após uma sucessão de equívocos cometidos no planejamento geral do futebol, na escolha de técnicos e jogadores, o Atlético indica que, finalmente, encontrou o caminho de volta para a Série A. Ainda falta muita coisa, todos sabem – e o equilibrado treinador Ricardo Drubscky fez questão de sublinhar a frase no final da partida –, mas é inegável que o time ganhou uma nova face e está jogando com muito mais consciência coletiva e melhor organização tática.

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O Paraná, por jogar em casa e contar com o apoio da maioria da torcida, tentou impor-se, mas não conseguiu, simplesmente porque o Atlético contou com jogadores de maior envergadura técnica, mais experientes e que souberam dominar as ações nos momentos importantes do confronto. Não foi nenhuma apresentação arrebatadora do Furacão, e muito menos uma atuação menor do Tricolor, apenas venceu a equipe que se mostrou melhor coordenada e criou maior número de oportunidades de gol.

As individualidades atleticanas predominaram, com os alas Maranhão e Pedro Botelho realizando excelente trabalho, contando com a segurança defensiva de Manoel, Cleberson e Deivid, mas especialmente o ritmo adequado de João Paulo, Felipe e Elias, que ganharam o duelo da meia-cancha diante dos esforçados Ricardo Conceição, Lúcio Flávio e Fernandinho.

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Mesmo com intensa movimentação de Henrique e Marcão, diversas foram as chances de gol perdidas, sobretudo no segundo tempo, quando poderia ter construído placar mais elástico nos contra-ataques. Ainda se observa desentrosamento nas jogadas de finalização, sempre com o jogador errando o passe, ora por excesso de força, ora por colocar a bola no espaço inalcançável para o atacante. Mas, de uma forma geral, ficou evidente o ressurgimento do Atlético, enquanto o Paraná, com um grupo jovem e que lutou com bravura, sentiu que serão enormes as dificuldades para aproximar-se da zona de classificação.

Coxa capotou

Mesmo machucado pela eliminação na Sul-Americana, esperava-se que o Coritiba conseguisse vencer o último colocado para fechar bem o turno. Isso não aconteceu. O Coxa capotou em Florianópolis, com atuação apagada, que deixou a torcida preocupada para o restante do campeonato.

Aloísio assinalou os três gols do Figueirense servindo-se das incríveis facilidades oferecidas pela defesa alviverde, destacando que no terceiro gol ele até se agachou para concluir com sucesso diante da frouxa marcação. Pifaram as principais peças e nem mesmo Rafinha, normalmente fonte de inspiração, conseguiu aparecer nesta decepcionante jornada.

O Coritiba necessita, em caráter de urgência, um organizador no meio de campo e um avante goleador.

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