Opinião
Não foi perfeito
Robson Martins, repórter
A vitória era previsível, mas a goleada pode ser colocada na conta de Paulo Baier. Antes do Atlético marcar o primeiro gol, o clássico estava equilibrado, mesmo com a notória qualidade inferior do time paranista. No entanto, o maestro decidiu e deu a falsa impressão de que todo o time rubro-negro está voando.
Não é bem assim. Fransérgio, por exemplo, ainda não convenceu, assim como o desempenho dos dois laterais. Na zaga, tanto Rafael Santos como Manoel não foram muito exigidos no clássico e acabaram não se destacando.
A grande surpresa ficou com Claiton, que provou para o técnico Sérgio Soares e para muitos dentro do Furacão que eles estavam errados ao deixá-lo de lado.
Se no Atlético a goleada não pode mascarar o desempenho da equipe, no Paraná o resultado reflete a atual situação do clube. Com quatro jogos restantes no Paranaense, o perigo de rebaixamento é mais real do que nunca já que o time não evolue com o decorrer dos jogos. Não foi à toa que ontem foi a segunda maior goleada da história do confronto, na pior início de Estadual do Tricolor.
Técnico hoje?
O direitor de futebol do Atlético, Valmor Zimmermann, diz acreditar que a definição do novo treinador está próxima. "Tenho a impressão de que fecha amanhã [hoje]", disse. Já o gerente de futebol Ocimar Bolicenho espera para esta segunda apenas uma definição da diretoria de quanto o clube quer gastar.
Wagner Mancini passou a ser um possível nome, mas o seu procurador, Fábio Mello, nega qualquer conversa. "Ano passado fizeram um contato antes de o Carpegiani assumir. Mas este ano não", assegurou.
Em sete minutos, Paulo Baier resolveu o clássico. Coube ao camisa 10 atleticano definir a vitória rubro-negra sobre o Paraná ao marcar três gols no primeiro tempo aos 14, 19 e 21 minutos. Artilheiro do Paranaense, com cinco gols, o meia mostrou mais uma vez a dependência que o Furacão tem do jogador de 36 anos, que saiu aclamado do gramado. Madson e Guerrón fecharam a goleada.
O resultado rubro-negro dá novo ânimo ao time, que chegava ao clássico após uma derrota apresentando um péssimo futebol e a consequente queda do técnico Sérgio Soares.
Com o passeio desse domingo, o Furacão conseguiu manter os cinco pontos do rival Coritiba faltando quatro rodadas para o fim do primeiro turno. Na história do confronto entre Atlético e Paraná, esta é a segunda maior goleada atleticana o recorde é 6 x 1, pelo Paranaense de 2002 e a sexta vitória seguida, mantendo um tabu de quase três anos.
Na última vez que o time da Baixada tinha vencido o clássico, o técnico Lenadro Niehues também era o comandante da equipe. Desta vez a vitória elástica deu estabilidade ao interino enquanto o novo treinador não é anunciado. Quem também estava naquela jogo, no ano passado, era Paulo Baier.
No entanto, desta vez ele foi letal. Primeiro, com uma bela cobrança de falta, bem no seu estilo. Já o segundo gol, ocorreu com direito a drible no goleiro paranista, aproveitando uma jogada que começou em um erro do zagueiro Rafael Vaz. Depois, após converter o pênalti sofrido por Madson, Baier aumentou ainda mais a crise no adversário.
No Tricolor, a goleada significou a permanência por mais uma rodada na lanterna do Estadual, com dois pontos em sete jogos. Diego fez o gol de honra do Paraná, enquanto o jovem Kelvin, depois de uma longa novela, ficou no banco de reservas pela primeira vez este ano. Cavalo não o colocou na partida. E depois do fiasco, novamente a diretoria do clube prometeu reforços
Já os atletas paranistas, como o lateral Henrique, saíram atordoados de campo. "Infelizmente perdemos de novo e não foi de 1 a 0. Até perdi as contas", admitiu o jogador, criticando. "Falta mais empenho da equipe".
Do lado rubro-negro, Claiton teve uma boa reestreia, definiu em uma frase o seu desempenho e, por coincidência, o pensamento da torcida, que estava ressabiada com os últimos resultados. "Foi melhor do que esperado", admitiu o "Predador".
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