A McLaren e a Ferrari, que já mantiveram a maior rivalidade da Fórmula 1, estão cada vez mais ligadas fora das pistas, tentando unificar suas posições diante dos organizadores da categoria.
Luca Colajanni, porta-voz da Ferrari, passou o dia na fábrica da McLaren em Woking, na quinta-feira, em reuniões com o diretor Ron Dennis e outros funcionários.
"Se vocês me dissessem há um ano que eu estaria fazendo isso eu não acreditaria", disse ele a jornalistas num jantar promovido pelas duas equipes.
A McLaren recebeu em 2007 uma multa recorde de 100 milhões de dólares e perdeu todos os seus pontos no Mundial de Construtores devido a um caso de espionagem contra a Ferrari.
A equipe italiana, campeã naquele ano, também abriu processo judicial. A McLaren posteriormente pediu desculpas, e o processo foi retirado.
Desde então, o clima entre as duas equipes mudou. De um lado, Jean Todt passou a direção da Ferrari a Stefano Domenicali. No outro, Dennis se prepara para entregar o bastão em 1o de março a Martin Whitmarsh.
Um fator que ajuda a união entre as escuderias é a criação da Fota (Associação das Equipes da F1), em julho, para representá-las junto à FIA (Federação Internacional do Automobilismo) e a Bernie Ecclestone, o manda-chuva da categoria para questões comerciais. A Fota é dirigida por Luca di Montezemolo, presidente da Ferrari.
Na temporada passada. Dennis e Whitmarsh foram a Maranello, sede da Ferrari, para realizar reuniões quando ficou clara a necessidade de cortar custos na Fórmula 1.
Montezemolo, que critica o trabalho de Ecclestone, disse neste mês que Dennis é "uma pessoa de primeira classe para uma equipe de primeira classe". Ele declarou ainda que a F1 precisa de muita competição dentro das pistas e muita unidade fora delas.
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