Robinho contra o tabu escandinavo

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O desafio de Dunga na sua estréia como treinador não é apenas o de vencer um adversário que jamais foi derrotado pela seleção brasileira. Para complicar ainda mais, o Brasil não vence um jogo na Escandinávia há pelo menos 20 anos. Mas há controvérsias sobre esse assunto. Não sobre o resultado, mas sobre o fato de o adversário ser ou não parte da região.

Em maio de 1987, a seleção derrotou a Finlândia por 3 a 2 em Helsinque, com gols de Romário, Muller e Valdo. O problema é que nem na Escandinávia existe certeza se a Finlândia deve ser considerada parte da Escandinávia. Oficialmente, não. Mas, com o passar do tempo, convencionou-se incluir os finlandeses no grupo. E sem contar com eles, a última vitória brasileira por esses lados aconteceu há 40 anos.

Em junho de 1966, o Brasil derrotou a Suécia por 3 a 2, em Gotemburgo, com dois gols de Tostão e um de Gérson. De lá para cá, sete jogos, com três empates e quatro derrotas. Dunga esteve presente em um desses jogos, na derrota por 4 a 2 para a mesma Noruega, num amistoso em 1997, em Oslo. O auxiliar técnico Jorginho também esteve presente num jogo contra os noruegueses, mas em 1988: empate em 1 a 1. Incluíndo a Finlândia, são cinco jogos sem vencer (dois empates e três derrotas).

Para Robinho, além da estréia de um novo treinador, o tabu serve como motivação ainda maior para a seleção.

- Não conversamos muito sobre isso de tabu ou não. Mas sempre há uma primeira vez para tudo. Espero que desta vez o Brasil possa ganhar e que possamos ser lembrados como os primeiros brasileiros a vencer aqui - exagera.