Monza - No fim do ano passado, a trajetória de Rubens Barrichello na Fórmula 1 parecia acabada. Já um tanto velho para os padrões da competição (36 anos), sem emprego e com certo índice de rejeição, encontrar um carro seria difícil. Hoje, nove meses depois, pilotando na estreante equipe Brawn GP, ele é um dos candidatos ao título do campeonato. E precisa comprovar tal condição no Grande Prêmio da Itália, a 13ª etapa do calendário, cujos treinos começam amanhã, a partir das 5 horas (horário de Brasília), no circuito de Monza.
O desafio de Rubinho no GP da Itália será encostar ainda mais no seu companheiro de equipe, o inglês Jenson Button, que lidera o campeonato com 72 pontos o brasileiro aparece em segundo lugar, com 56 pontos. "Em Monza, é preciso ter boa tração, atacar as zebras e nosso carro é bom nessas coisas", avaliou Barrichello, mostrando otimismo. "Sei que este ano as zebras são novas e ainda mais altas, estou confiante num bom resultado de novo."
O retrospecto de Rubinho no mais veloz circuito da Fórmula 1 é marcante: venceu as edições de 2002 e 2004 do GP da Itália, além de ter sido o segundo colocado em 2001 e o terceiro em 2003, sempre pela Ferrari. E Monza pode ser novamente muito importante para o brasileiro, que conseguiu reduzir a vantagem de Button de 26 para 16 pontos nas duas últimas provas.
Apesar desse crescimento, Rubinho evita falar em título, restando cinco etapas para o encerramento da temporada. "A Fórmula 1 está muito imprevisível este ano. Não dá para dizer nada. Quem diria que a Force India lutaria pela vitória em Spa?", ressaltou o brasileiro, lembrando da segunda colocação do italiano Giancarlo Fisichella na etapa anterior do campeonato, na Bélgica.
Mas o que pode dificultar muito a vida de Rubinho é se, de novo, o sistema de embreagem falhar na largada, como já ocorreu três vezes nesta temporada. "Eu segui o procedimento padrão, mas, para evitar de o carro morrer, nas três ocasiões entrou o ponto morto", contou.
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