Domingo, 15 de outubro de 2005. O Atlético vence o Coritiba por 2 a 1 no Couto Pereira, segue sua recuperação no Campeonato Brasileiro e aumenta ainda mais a crise no adversário.

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Essa história já tem quase um ano e meio, mas é o mais recente capítulo do maior clássico do futebol paranaense. A não ser por um desprestigiado encontro entre os times B na inexpressiva Copa dos 100 anos no ano passado, vencido pelos atleticanos por 4 a 1, coxas-brancas e rubro-negros não se enfrentaram mais. De lá para cá, 484 dias se passaram e muita coisa mudou – para pior – na posição dos rivais que voltam a duelar hoje, às 17 horas, na Arena.

O Alviverde só viu afundar o seu status no período. Naquele mesmo Nacional, foi rebaixado e no ano passado permaneceu na Série B. Enquanto isso o Furacão, se não acrescentou um descenso ao currículo, viu toda pompa de vice-campeão da Libertadores ser sensivelmente diminuída após irregulares campanhas desde a derrota para o São Paulo. Para piorar, o coirmão caçula Paraná recuperou o status de bola da vez no estado.

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A começar pela arrancada no fim do Brasileiro de 2005, que não foi suficiente para garantir ao Atlético uma das quatro vagas brasileiras no principal torneio continental, obsessão número 1 da cúpula rubro-negra.

Sem a Libertadores, o clube resolveu inovar. Foi buscar na Alemanha o ex-jogador Lothar Matthäus para treinar o time. Após um início de trabalho promissor, Matthäus deixou o CT do Caju sem aviso prévio, marco zero de um ano repleto de decepções para a torcida.

O plano B encontrado pelos dirigentes foi apelar para o pernambucano Givanildo Oliveira, espécie de midas do futebol nordestino, mas sem experiência no Sul. Givanildo não durou muito e logo deu lugar a Oswaldo Alvarez, o homem responsável por levar o Furacão à primeira Libertadores de sua história, em 2000.

Com Vadão o Atlético até melhorou e chegou a brigar com o mexicano Pachuca por um lugar na final da Copa Sul-Americana. Mas nem o técnico foi capaz de dar jeito na temporada marcada pelas precoces eliminações para a Adap no Paranaense e ante o Volta Redonda, na Copa do Brasil.

Os dias de vida dura, contudo, atormentaram muito mais o time do Alto da Glória do que o da Baixada. Por ironia do destino, a derrocada do Verdão ganhou força naquele fim de tarde de primavera (em 2005).

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A derrota frente ao mais tradicional oponente foi a quinta de uma série de oito consecutivas. A partida também marcou a estréia do técnico Lopes Júnior, que ainda perderia para Botafogo e Cruzeiro antes de ser demitido, e ficaria marcado como um dos principais personagens do rebaixamento.

Longe do inimigo, no ano passado, o Alviverde foi eliminado do Paranaense pelo mesmo algoz do Atlético (a Adap, de Campo Mourão) e da Copa do Brasil pelo Náutico. Porém, o maior vexame ocorreu mesmo na Série B. Após ter tido três técnicos na temporada (Marcio Araújo, Estevam Soares e Paulo Bonamigo) o Coxa não conseguiu o esperado acesso, aumentando a agonia da sua apaixonada torcida.

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