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“Agora que deixo de ser ju­­venil, acho que a responsabilidade é maior. Ano que vem vou pre­­cisar treinar muito e vai ser bem difícil (...) Estou confiante em ir para várias competições e me classificar. Acredito que posso conseguir.” - Harumi de Freitas, ginasta | Vander Roberto/ COB
“Agora que deixo de ser ju­­venil, acho que a responsabilidade é maior. Ano que vem vou pre­­cisar treinar muito e vai ser bem difícil (...) Estou confiante em ir para várias competições e me classificar. Acredito que posso conseguir.” - Harumi de Freitas, ginasta| Foto: Vander Roberto/ COB

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Mundial também entra no caminho

No mesmo mês do Pan-Americano, em outubro a seleção brasileira de ginástica artística participa do Mundial em Tóquio, no Japão, valendo classificação para os Jogos Olímpicos de Londres, em 2012. A primeira impressão é de que isso pode prejudicar os atletas, mas o coordenador da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), Klayler Mourthé, diz que não é bem assim. "Assim podemos colocar os planejamentos de preparação mirados no mesmo foco. Serão três semanas em que os atletas estarão no auge da preparação", afirma.

O evento na Ásia vai de 8 a 16 de outubro. Na sequência, a partir do dia 24, as atletas vão para o Pan de Guadalajara. Nas duas situações, Harumi de Freitas está cotada para representar o país.

A esperança da curitibana é fundamentada na renovação que envolve parte do planejamento da CBG para 2011. "Nosso foco é trabalhar de forma integrada com clubes e federações e observar as categorias inferiores. Temos uma projeção positiva e com certeza deveremos integrar atletas juvenis à equipe adulta", explica Mourthé

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O Pan de 2007, no Rio de Janeiro, foi inesquecível para a ginástica artística brasileira. As 11 medalhas conquistadas apresentaram uma geração renovada de atletas, que continua em evolução e com a promessa de novos triunfos na edição de Guadalajara, no mês de outubro. Acom­­­panhando o momento, uma curitibana de apenas 15 anos está entre as ginastas que saltam para o futuro da modalidade.

Harumi de Freitas começou na carreira com apenas 7 anos e é fruto do período em que a seleção brasileira esteve na capital paranaense. Hoje, com 1,52 m e 39 kg, a atleta já tem um currículo recheado de participações importantes em competições nacionais e internacionais nas categorias juvenil e infantil.

Entretanto, a mais recente e significativa foi durante a viagem para Cingapura, onde defendeu o Brasil nos Jogos Olímpicos da Ju­­ventude, em agosto deste ano. Mesmo sem ganhar nenhuma me­­dalha, batalhou e fechou os jogos na 11.ª posição no individual ge­­ral. No salto, a atleta alcançou a 6.ª marca, e na trave chegou perto do pódio, fechando a competição no 5.º lugar, à frente de atletas de Ucrânia e Rússia.

Mesmo assim, a ginasta acredita que poderia ter ido mais longe. "Foi a minha principal competição até hoje. Lá eu competi bem, dei meu máximo, mas sei que poderia ter ido melhor."

Com os resultados obtidos na Ásia, a adolescente está mais perto de carimbar o passaporte para o Pan de Guadalajara. Para isso, terá de enfrentar uma nova fase e que promete ser bastante in­­tensa. Nas próximas etapas da Co­­pa do Mun­­do, ela vai se juntar à seleção brasileira adulta para adquirir experiência e se preparar para defender o país no México. Mas sa­­be que o de­­safio é mais complicado e cheio de obstáculos.

"Agora que deixo de ser ju­­venil, acho que a responsabilidade é maior. Ano que vem vou pre­­cisar treinar muito e vai ser bem difícil", prevê. Por outro lado, de­­monstra confiança na busca por vagas no Mundial e no Pan. "Estou confiante em ir para várias competições e me classificar. Acredito que posso conseguir."

Quem esteve e continua ao lado de Harumi não tem dúvida de que a me­­nina tem tudo para ser a nova promessa do es­­porte nacional. É o caso da coordenadora do Cen­­­­tro de Ex­­ce­­lência da Fe­­deração Pa­­ra­­naen­­se de Gi­­nás­­tica, Eliane Martins.

"Tem todas as condições de integrar as equipes adultas. Va­­mos ver o desempenho, mas condição técnica ela tem", co­­menta. Apesar disso, dá uma dica. "Ela é bastante técnica e praticamente não tem erros de execução, mas falta um pouco mais de confiança e saber que tem capacidade de fazer parte da equipe principal."

Eliane acompanhou a evolução da ginasta desde o pré-infantil e infantil e afirma que a aposta vem mostrando po­­­tencial, além de re­­sul­­tados. Mesmo sendo me­­lhor nas barras paralelas e na trave, ela não tem medo de apontar que a ginasta é regular em todos os aparelhos e que estará no Pan. "Ainda precisamos esperar o plane­­ja­­men­­to para ver como será o ano de­­la, mas ela está no caminho certo."

Não é só Eliane que está de olho no que a atleta conquistou nos últimos anos. A Confederação Bra­­si­­leira de Ginástica (CBG) também está. "A Harumi está entre as atletas que es­­tamos observando, e não é de ago­­ra. Ela esteve entre as melhores juvenis e evidencia a competência técnica que possui, além de já ter participado dos treinamentos da seleção em 2010", conta o coordenador das seleções da CBG, Klayler Mourthé.

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